O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, afirmou que não irá liberar filiados com mandato para migrarem para outras siglas visando as eleições de 2026.

Quem está pensando em sair do partido, fazer intriga para sair e disputar a eleição, inclusive contra nós, pode tirar o cavalo da chuva
A declaração ocorre em meio ao embate entre os vereadores de Várzea Grande, Bruno Rios e Caio Cordeiro, e a prefeita do município, Flávia Moretti.
Apesar de serem correligionários no PL, a crise política levou os parlamentares a ameaçarem deixar a legenda. Ananias, embora afirme que sua fala não é direcionada aos dois, aproveitou para mandar um recado a todos os filiados do partido.
“Está pacificado: o PL não vai liberar ninguém para disputar eleição por outro partido porque não somos imbecis de patrocinar uma campanha eleitoral para depois fortalecermos nossos adversários”, afirmou.
“Quem está pensando em sair do partido, fazer intriga para sair e disputar a eleição, inclusive contra nós, pode tirar o cavalo da chuva. Não é recado para ninguém específico, mas é um recado para todos que têm mandato”, completou.
Os dois vereadores têm criticado a prefeita por centralizar decisões e reduzir o papel político deles na administração municipal. Eles apontam que aliados importantes estão sendo ignorados, enquanto ex-adversários foram privilegiados em nomeações.
Flávia tem rebatido as críticas com firmeza, rejeitando as tentativas de responsabilização por parte dos vereadores.
Ananias afirmou que já conversou com o vereador Caio e pretende dialogar com a prefeita, com o objetivo de pacificar o cenário político em Várzea Grande. O presidente do PL minimizou o atrito entre os membros do partido.
“Várzea Grande continua a mesma, com tranquilidade, ainda que existam algumas divergências. Mas estamos buscando o entendimento. É claro que falta um pouco de traquejo político de ambos os lados. Quando ocorre uma separação, não é só o homem ou só a mulher que é responsável, são os dois”, comparou.
Ele destacou que divergências internas são comuns em partidos políticos, mas devem ser resolvidas por meio do diálogo com a direção e lideranças, e não por meio da desfiliação. Ananias lembrou que ele próprio já superou “inconsistências” dentro do PL.
“Partido é uma instituição da qual qualquer um pode entrar ou sair quando quiser. Mas quem tem mandato só pode sair na janela permitida por lei”, explicou.
“Se sair do partido fora desse período, com esse tipo de motivação, nós também vamos buscar na Justiça os valores que investimos na campanha. Tenho total capacidade de acionar judicialmente qualquer um para reaver esse investimento”, concluiu.
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