O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) voltou a criticar, nesta quarta-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Senado, na Constituição de 1988, recebeu a incumbência de fiscalizar e cuidar do Poder Judiciário
A ordem de Moraes foi cumprida no início da noite de segunda-feira (4) e teve reação imediata de apoiadores e aliados do ex-presidente em Brasília.
Pivetta citou que o Senado é o Poder que têm “função constitucional” de “fiscalizar e cuidar” dos ministros do Supremo, e cobrou uma reação dos políticos.
“O Senado, na Constituição de 1988, recebeu a incumbência de fiscalizar e cuidar do Poder Judiciário. Eu acho que precisa haver uma manifestação do Senado Federal”, disse.
“Existe abuso. O Brasil inteiro está vendo isso. E é impossível continuar assim! O Senado pode, sim, restabelecer a ordem no país”, emendou.
A declaração foi dada nesta quarta-feira à imprensa, antes da sessão de abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa no segundo semestre.
Na terça (5), um grupo parlamentares opositores ao Governo Lula (PT) ocupou o plenário do Congresso em protesto contra a ordem de prisão de Bolsonaro, pedindo que o impeachment de Moraes fosse colocado em pauta.
Para Pivetta, além do impeachment é possível que a Casa possa também abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o magistrado.
“Pode ser [impeachment] ou uma CPI. Existe esse dispositivo. Os senadores têm que dar uma resposta à sociedade”, sugeriu.
“Alguém tem que ceder”
Questionado sobre a manifestação dos congressistas em Brasília, que chegaram a impedir que houvesse sessão no Congresso, Pivetta diz ser “ruim para o país”.
“É preciso retomar a normalidade do Brasil. Alguém tem que ceder. Essa queda de braço está fazendo mal ao Brasil”, disse.
“Começa a causar danos irreparáveis na economia, sequelas emocionais em boa parte da população. Começa a produzir vítimas, e isso não é bom”, completou.
Veja vídeo:
Leia mais sobre o assunto:
Pivetta cita “ataque a direitos” e cobra reação do Senado; veja