O influenciador digital Dainey Aparecido da Costa, de 34 anos, alvo da Operação Ludus Sordidus, ostentava uma vida luxuosa nas redes sociais, com maços de dinheiro, viagens nacionais e internacionais e chegou a andar no cruzeiro do Neymar.
Isso demonstra a proporção desse grupo e a questão que o crime não está se escondendo
Deniz Bet ou “Playboy”, como era também conhecido, é investigado por envolvimento em um esquema de jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de capitais ligado à uma facção criminosa.
O influenciador já estava preso desde fevereiro deste ano por tráfico de drogas. Ele foi pego com tabletes de maconha e mais de R$ 40 mil em espécie, em Várzea Grande.
Segundo o delegado da Draco (Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado) Antenor Junior Pimentel Marcondes, responsável pelas investigações, o que chama a atenção é a ostentação feita às claras, em sua rede social.
“Ele andava no cruzeiro do Neymar, também tinha veículos de luxo, casas, maços de dinheiro. Isso demonstra a proporção desse grupo e a questão que o crime não está se escondendo, ele está sendo aceito nos meios, tanto na população como em outros locais, com essa fachada de influencer”, disse.
Ney em Alto Mar
Entre as publicações de Deniz, como destaque, está sua passagem pelo cruzeiro do Neymar, o “Ney em Alto Mar”. Com ingressos podendo chegar a R$ 30 mil por 3 dias de evento, o navio saía de Santos, em Sâo Paulo, e tinha parada em Búzios, no Rio de Janeiro.
Reprodução
Deniz Bet durante férias no Rio de Janeiro
Ele aparece com maços de dinheiro para uma jogatina com o jogador: “Vamo jogar esse poker, aí. Ou você vai quebrar eu ou eu quebro você, Neymar”, disse ele mostrando os maços.
Deniz também publicou imagens da vista para a Praia de Santos, direto da sacada de onde ficou hospedado, e parte da sua estadia no cruzeiro.
Viajado
O influenciador de Várzea Grande ostentava também viagens para diversos destinos, como praias do Rio de Janeiro, Argentina e até esqui no Chile.
Deniz mostrava hotéis luxuosos, baladas regadas a bebidas e cenários paradisíacos. Uma vida de mordomias intercalando com a divulgação de jogos de azar e seus ganhos “astronômicos”.
Operação
Ao todo, a Operação Ludus cumpriu 38 ordens judiciais, sendo 10 mandados de prisão preventiva, 8 de busca e apreensão, 8 sequestros de imóveis, 12 sequestros e bloqueios de contas e valores no valor de mais de R$ 13,3 milhões.
As ordens foram expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias de Cuiabá com base em investigações conduzidas pela da Gerência de Combate ao Crime Organizado e Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (GCCO/Draco).
Os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e na cidade de Nova Odessa (SP).
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