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Em Pelotas, MinC retoma CEU das Artes Dunas com investimento de R$ 2,56 milhões — Ministério da Cultura



O Ministério da Cultura (MinC) realizou, nesta sexta-feira (22), a retomada do CEU das Artes Dunas, no bairro Areal, em Pelotas (RS). O espaço, fechado por anos, foi revitalizado pela gestão municipal e reabre agora para a comunidade com melhorias estruturais e novas atividades. A cerimônia contou com a presença do secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares, além de autoridades locais e representantes do território.
“Nós recebemos mais de 60 obras paradas e estamos garantindo que todos os CEUs previstos sejam entregues. Onde existe um CEU em funcionamento, a criminalidade diminui em até 20% e a educação melhora. Esse é um compromisso do governo do presidente Lula com Pelotas e com o Brasil”, reforçou o secretário sobre a dimensão transformadora da cultura.
O prefeito Fernando Marroni lembrou a importância da reabertura como parte de um processo de reconstrução: “a resistência do nosso povo fez com que esse espaço voltasse a viver. É um símbolo da participação popular e do nosso esforço em retomar o protagonismo cultural de Pelotas”.
Com 3 mil metros quadrados de área, o equipamento reúne dois edifícios multiuso e uma ampla praça, que passam a abrigar salas de oficinas, biblioteca, telecentro, cineteatro/auditório com 60 lugares, quadra poliesportiva coberta, pista de skate, equipamentos de ginástica, playground e pista de caminhada.
A subsecretária de Espaços e Equipamentos Culturais do MinC, Cecilia Gomes de Sá, destacou a dimensão nacional do programa. “Este ano completamos 15 anos do projeto CEU das Artes. Hoje, com esta retomada, celebramos também a marca de 300 CEUs entregues no país, sempre com participação da comunidade na gestão”, comemorou.
“Desde 2013, esse conselho vem lutando para manter esse espaço vivo. Todos sabem que passamos por várias licitações e descasos, mas o Conselho Gestor do Dunas manteve o CEU de pé. Agora, nada mais vai acontecer aqui sem que a comunidade possa contribuir”, salientou Angelita das Neves, representante do grupo gestor do CEU das Artes.
A cerimônia contou com as apresentações de artistas da região e a realização da oficina Ativa CEU, promovida pelo MinC, voltada ao mapeamento territorial e ativação comunitária. A reabertura ainda consolidou Pelotas como cidade estratégica nas políticas culturais do governo federal, ampliando oportunidades de acesso, criação e formação artística.
A secretária municipal de Cultura do município gaúcho, Carmen Vera Roig, destacou o papel do espaço na vida social dos moradores: “É sinal de uma comunidade viva, onde todos têm o direito de estar, de conviver e criar novas perspectivas.
Investimentos em cultura na região
O investimento total foi de R$ 2,56 milhões, sendo R$ 1,990 milhão de repasse federal e R$ 565 mil de contrapartida municipal. Durante o evento, além de apresentações artísticas locais, ocorreu a oficina Ativa CEU, promovida pelo MinC, voltada ao mapeamento territorial e à ativação comunitária.
Miriam Marroni, secretária municipal de Governo, ressaltou a importância da cultura em Pelotas, afirmando que “essa cidade é uma cidade que transpira, respira, tem alma da cultura”. Ela ainda destacou como esse conhecimento pode ser eixo de transformação social: “Este espaço significa inclusão social e respeito. Cultura aqui é emprego, renda, identidade e vida”.
Além da retomada do CEU das Artes, Pelotas e a região sul do estado recebem um conjunto expressivo de investimentos federais em cultura. Por meio da Lei Paulo Gustavo e da Política Nacional Aldir Blanc, serão destinados R$ 13 milhões para a cidade até 2028 e R$ 37 milhões para toda a região sul. O Programa Retomada Cultural RS contemplou 262 agentes culturais de Pelotas atingidos pela enchente, com bolsas de R$ 4.500 cada, somando mais de R$ 1,1 milhão em apoio.
“Pelotas é uma cidade que tem um dos maiores patrimônios culturais do país e nós vamos seguir investindo aqui. Só neste CEU das Artes vamos garantir R$ 200 mil ainda em 2025, somando esforços com a Prefeitura para que este espaço seja, de fato, da comunidade”, explicou Márcio Tavares.
Já na linha da Rouanet emergencial, foram assegurados R$ 2 milhões para o Museu Leopoldo Gotuzzo, outros R$ 2 milhões para o Museu do Doce e mais R$ 2 milhões para a Igreja Anglicana. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também anunciou investimentos: R$ 13 milhões para o restauro do Casarão 6, futuro Museu da Cidade, R$ 12 milhões para a recuperação do Grande Hotel e R$ 700 mil para obras na Catedral.



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