Pré-candidato ao Governo do Estado, o senador Welligton Fagundes (PL), disse não descartar a possibilidade de uma aliança com o MDB. Segundo ele, as tratativas neste sentido vêm sendo conduzidas pela direção nacional do partido.
“Os únicos partidos que o PL nacional não aceita são os de esquerda. Fora isso, vamos conversar por um plano para o Brasil”, disse Fagundes, em entrevista à TV Vila Real, nesta segunda-feira (8).
A declaração ocorre um dia após o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), rechaçar essa composição com vistas ao processo eleitoral de 2026.

Os únicos partidos que o PL nacional não aceita são os partidos de esquerda. Fora isso, vamos conversar para um plano para o Brasil
Durante ato no 7 de setembro, denominado “Reaja Brasil”, Abilio criticou adversários que, segundo ele, adotam posturas “omissas” e “incoerentes”. Sem cita nomes, o prefeito fez referência indireta à deputada estadual Janaina Riva (MDB), apontada como uma das favoritas à disputa pelo Senado. Janaina é nora de Fagundes.
Ainda na entrevista, ele disse que o PL trabalha em prol do projeto de anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, para tal, precisa contar com o apoio do MDB.
“Queremos o presidente Bolsonaro como nosso candidato. Queremos aprovar a anistia. Para isso, precisamos ter a maioria, inclusive, o MDB”, afirmou.
“Um grande partido que queremos e vamos trabalhar para que vote a anistia. Todos os partidos que não pensam na linha de esquerda são convidados e poderão fazer, inclusive, aproximações”, acrescentou.
Aval de Bolsonaro
Por fim, Fagundes recordou que, recentemente, participou do ato do MDB em Mato Grosso que conduziu Janaina ao comando da sigla no Estado. Segundo ele, sua participação no evento teve o aval do próprio Bolsonaro.
“Estive no encontro do MDB a pedido do meu presidente [Valdemar da Costa Neto], que conversou com o presidente Bolsonaro e foi autorizado pelo Bolsonaro. Fui lá, fiz questão de estar presente. Agora, na hora da eleição, definiu-se como será, aí vamos disputar. Mas eleição não pode ser para fazer inimizade”, completou.
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