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No Egito, ministra da Cultura participa de reuniões bilaterais com autoridades locais — Ministério da Cultura



Em missão oficial ao Egito, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou neste domingo (2), no Cairo, de reuniões bilaterais com autoridades do país. Nos encontros foram abordados pontos de interesse para cooperação entre os países em segmentos culturais.
Na agenda com o titular da Cultura do Egito, Ahmed Fouad Hano, Margareth Menezes manifestou o interesse do Brasil de celebrar acordos nas áreas de audiovisual, literatura e bibliotecas e música, além de promover o intercâmbio artístico e cultural.
“No Brasil, nós temos vários setores que aderem a possibilidade de cooperação com o Egito. Quando o presidente Lula abre e fortalece essa relação multilateral, eu acho que é um bom momento para isso”, comentou a ministra Margareth Menezes.
O ministro egípcio ressaltou o desejo de ampliar a atenção sobre a cultura árabe e egípcia na América Latina a partir da colaboração com o Brasil e enfatizou a importância das artes.
“A cultura é algo que realmente aproxima todos os povos, porque a gente acredita que ela lida com toda a humanidade, que há uma conexão. Penso que não existe nada melhor do que as artes e a literatura para aproximar os jovens”, declarou Ahmed Fouad Hano.
Na agenda transversal, a ministra destacou o papel da cultura como agente promotor da paz e do diálogo. Citou também a participação do Brasil no G20 e Brics e a realização da COP30, em Belém, além da pauta do desenvolvimento sustentável e mudança climática.

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Museus
No encontro com o ministro do Turismo e Antiguidades do Egito, Sherif Fathy, Margareth Menezes, entregou uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao líder do país, Abdel Fatah al-Sisi, em que o parabeniza pela abertura do Grande Museu Egípcio (Grand Egyptian Museum – GEM).
Na pauta da atividade, uma cooperação técnica entre o Instituto Brasileito de Museus (Ibram) e o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito. O empréstimo de antiguidades egípcias para a reabertura do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, prevista para 2026, também foi abordado.
Foi expresso ainda o interesse de assinatura de uma carta de intenções entre o Ibram, representado na agenda pela presidenta Fernanda Castro, e o Grande Museu Egípcio. O objetivo é estabelecer as bases para uma cooperação institucional.

Unesco
Ainda neste domingo, a ministra se reuniu com o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o egípcio Khaled El-Enany, o que tem grande significado para o Sul Global pela visão que ele traz para a agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante a conversa, a titular da Cultura tratou de temas estratégicos para o Brasil no âmbito da Unesco, como cultura digital e as listas do patrimônio mundial.
“A América Latina tem, proporcionalmente, logrado o menor número de inscrições de sítios do patrimônio cultural em comparação aos demais grupos regionais. Os processos de seleção devem seguir critérios técnicos e garantir uma representação regional equilibrada”, pontuou Margareth Menezes.
O diretor-geral da Unesco salientou a relevância do fortalecimento dos museus para aproximar os povos e espalhar o conhecimento e enalteceu a colaboração com o Brasil.
“Quero muito trabalhar com todos os países membros e fortalecer o papel da cultura junto aos povos”, afirmou Khaled El-Enany. Inauguração
No sábado (1), a ministra brasileira representou o presidente Lula na cerimônia de inauguração do Grande Museu Egípcio, no Cairo.
Localizado próximo às pirâmides de Gizé, é considerado o maior complexo museológico do mundo. A instituição abriga mais de 100 mil artefatos faraônicos, incluindo os tesouros completos de Tutancâmon, exibidos pela primeira vez desde sua descoberta em 1922, e de Ramsés II.
A abertura significa um marco para o Egito, mas também para a comunidade internacional dedicada à preservação e valorização do patrimônio cultural da humanidade.
O espaço é ainda referência em gestão patrimonial, conservação e acessibilidade, temas vinculados à atuação do Museusbr e à Política Nacional de Museus
“Eu acho que o Egito dá um presente não só para o país, mas também para a humanidade. Todos nós que gostamos de cultura, que entendemos o valor que tem um povo valorizar a sua cultura, a dimensão que ele tem diante de sua soberania”, ressaltou Margareth Menezes.



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