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Margareth Menezes recebe Troféu Raça Negra 2025 em noite de celebração à cultura afro-brasileira — Ministério da Cultura



Em uma noite marcada por celebração, reconhecimento e simbolismo, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, recebeu nesta terça-feira (18) o Troféu Raça Negra 2025, em cerimônia realizada no Espaço Unimed, em São Paulo. A honraria promovida pela Universidade Zumbi dos Palmares é considerada uma das mais importantes do país dedicadas ao reconhecimento de personalidades que contribuem para a inclusão, valorização e empoderamento da população negra.
Ao subir ao palco, Margareth Menezes lembrou sua trajetória como cantora e a importância da relação com o público ao longo da carreira. A ministra destacou o significado de ter sido, novamente, reconhecida pela premiação.
“Esse prêmio reforça que nossas vozes seguem ecoando e transformando o Brasil pela arte, pela cultura e pela presença negra que constrói este país todos os dias”, celebrou.
A ministra comemorou o crescimento e a consolidação da premiação ao longo de seus 25 anos. Em sua fala, ela salientou a importância de celebrar conquistas, mesmo diante de uma história marcada por desigualdades. “A nossa história tem muita luta, tem muito sangue, suor e lágrima derramado, mas também tem vitórias e é preciso festejar essas vitórias”, discursou.
A titular da Pasta pontuou ainda o papel transformador da resistência coletiva. “Mostrando a nossa dignidade, mostrando a nossa maneira de fazer uma revolução sem armas pra nós é uma vitória, é mais um passo dessa revolução, que o Brasil precisa tanto de fazer essa reparação”.
Homenageada central da edição 2025, Leci Brandão fez um discurso marcante. A artista iniciou com saudações inclusivas, reverenciando diferentes crenças e ancestralidades. “O Prêmio Raça Negra é um importante reconhecimento cultural, prêmio que valoriza personalidades e instituições que se destacam na promoção da cultura negra brasileira”, disse.
Para ela, a premiação também atua como ferramenta de transformação. “É também um instrumento poderoso de combate ao racismo, porque fortalece a representatividade negra, preserva legados”.
Leci exaltou as conquistas culturais e acadêmicas da comunidade negra e a importância de valorizar artistas negros em todas as áreas. “Vamos enaltecer sim, e cada vez mais, os nossos artistas, especialmente pretos e pretas, que inclusive nos deixaram orgulhosos esta semana no Grammy Latino”.
Leci homenageou figuras como Ivone Lara, Clementina de Jesus e Jovelina Pérola Negra, ressaltando a força da linhagem que abriu caminhos para sua geração.
A cerimônia de premiação contou com a presença do reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, que reforçou a importância da energia coletiva para a celebração. “A noite em que nós nos reunimos pra celebrar a trajetória da nossa diva e da nossa rainha Leci Brandão”, afirmou.
Criado em 2000, o Troféu Raça Negra reconhece personalidades que impactam de maneira decisiva a visibilidade da população negra. A edição de 2025 prestou tributo central à cantora e compositora Leci Brandão e contou com direção artística de Eliane Dias e direção musical de Walmir Borges. O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, tanbém esteve presente na cerimônia.
A premiação reuniu personalidades de destaque em áreas como cultura, gestão pública, direito e empreendedorismo. Entre os homenageados estiveram Adilson José Moreira, Alexandre Magno (Nenê), Diego Barreto, Dodô (Grupo Pixote), Luana Ozemela, Maria Ângela de Jesus, Samantha Almeida, Talíria Petrone e Tarciana Medeiros, além de Margareth Menezes.
A celebração reafirmou o papel da premiação como um espaço de reconhecimento público, reflexão e fortalecimento do compromisso coletivo com a igualdade racial, a justiça social e a valorização das contribuições negras para o Brasil.



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