Nesta quinta-feira, a COP passou por dois choques: o incêndio que interrompeu as negociações por cerca de seis horas e a posição dos países conhecidos como LMDC (Países em Desenvolvimento com Ideias Semelhantes), grupo do qual fazem parte Índia e China, mas cujo líder mais vocal é a Arábia Saudita, que se colocou contra qualquer referência ao mapa do caminho para a saída dos combustíveis fósseis no documento final de Belém.
Após a divulgação dos rascunhos nessa madrugada, no entanto, foi divulgada uma carta assinada por 29 países que dizem não aceitar um documento final da COP sem que seja feita referência aos combustíveis fósseis. Na carta, os países expressam “profunda preocupação” com a proposta atualmente em consideração, classificada por eles como insuficiente por não incluir um roteiro para uma transição justa, ordenada e equitativa para longe dos combustíveis fósseis, e solicitam que a presidência apresente uma proposta revisada. Na avaliação desses países, o sucesso da presidência dependerá de apresentar um resultado equilibrado e voltado para o futuro, e não de pedir aos demais que aceitem apenas o que os menos ambiciosos estão dispostos a permitir. Entre as nações que assinam a carta estão Reino Unido, Alemanha, França, Áustria, Bélgica, Chile, Colômbia e México.




