Fomentar o pensamento sobre a transmissão de saberes e as pedagogias de formação em arte e cultura. Com esse objetivo, o Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação, Livro e Leitura (Sefli), em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) realiza, entre os dias 26 e 30 de maio, em Fortaleza (CE), o Encontro da Rede Nacional Escolas Livres – o balanço da rede 2025. O evento contará com a presença de gestores públicos, pesquisadores e convidados, além da participação das 68 organizações da sociedade civil, com representações de todo o país.
A programação prevê oficinas, debates e grupos de trabalho que proporcionarão capacitações, interação e qualificação dos participantes.
O evento celebra a culminância do projeto e reunirá as Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura que foram selecionadas em 2023 pelo MinC, via edital de seleção pública nº 005. As entidades, organizadas em rede, atuam em variadas linguagens da arte e da cultura. São instituições da sociedade civil que estão desenvolvendo tecnologias socioculturais e educativas, experiências e práticas, gerando impactos sociais nos territórios onde atuam. Daí a importância de um encontro nacional, serão cinco dias de conexão e interação, de trocas e de qualificação, da aprendizagem sentida em coletividade.
As atividades são exclusivas para os integrantes das Escolas Livres e convidados, sendo apenas o evento de lançamento aberto ao público.
Políticas de formação do MinC
“A Rede Nacional das Escolas Livres compõe as políticas de formação do Ministério da Cultura, compreendendo a diversidade de instituições da sociedade civil que atuam neste campo, nos mais diversos segmentos e linguagens, territórios e sujeitos. São, por natureza e por cultura, escolas que promovem a cidadania cultural e a formação de repertórios num espírito-corpo coletivo na perspectiva crítica, inventiva, autônoma e libertária”, afirma o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.
De acordo com ele, a Rede Nacional é um ambiente de intercâmbio criativo e pedagógico, gerando a confluência de metodologias, práticas, conceitos, experiências, vivências, linguagens, conhecimentos, saberes, fazeres, artes e ofícios dessas instituições e pessoas que a compõem essa Rede tão orgânica.
“O Encontro Nacional é um espaço de reflexão da ação, para a ação e na ação. A nossa Rede Nacional é um território de confluências, uma teia que reúne e potencializa a diversidade da educação artística brasileira”, destaca o secretário. O Encontro é realizado em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).
As 68 entidades, frisa a diretora, estão organizadas em coletivo. “Por isso, colocamos as escolas em rede, pensando que a política pública pode dar um start inicial, um impulso para que as escolas se conectem e a partir, dessa conexão, elas estejam semeando e promovendo outras formas de realizar as suas ações que, numa perspectiva de futuro, podem independer do fomento público, mas ser autossustentadas, autogeridas”, ressalta a diretora de Educação e Formação artística da Sefli, Mariangela Andrade.
A diretora aponta ainda que a lógica da política cultural é justamente a da coletividade, da comunidade, do território. “Então é muito importante, para o MinC, que a política cultural esteja ligada ao fomento e a formação das escolas livres, porque entendemos a importância de qualificar as escolas e de refletir também, com elas, como se entendem dentro desse lugar da educação formal e das diversas pedagogias fundantes da própria cultura brasileira e do modo como a gente faz e transmite o saber”, finaliza Mariangela Andrade.
A parceria com a Universidade Federal do Ceará, por meio da Pró-reitoria de Cultura, Procult, é fundamental para a produção e elaboração de encontro da Rede. “É um processo rico de troca com o Ministério da Cultura. Enquanto Procult, contribuir para o fortalecimento de uma rede tão importante reforça o papel da Universidade na construção de políticas públicas federais para o setor. Ao fazer parte deste momento, estamos ajudando a elaborar metodologias e formatos de diálogo para reforçar os planos pedagógicos e o fortalecimento das Escolas Livres é algo que nos orgulha muito”, destaca Sandro Gouveia, pró-reitor de Cultura.
Para a pró-reitora adjunta de Cultura da UFC, Glícia Pontes, o evento tem uma importância fundamental para a formação cultural: “Ter a Universidade Federal do Ceará como espaço para reunir gestores de Escolas Livres de todo Brasil é uma iniciativa extremamente importante especialmente pelo fato de acontecer no Ceará, um Estado que se destaca no pioneirismo de diversas ações no campo. Estamos desenhando metodologias inovadoras para o fortalecimento da cultura nos territórios”.
A Rede Nacional de Escolas Livres de Formação em Arte e Cultura
A Rede Nacional tem como objetivo promover uma abordagem colaborativa, conectando as organizações para compartilhar conhecimentos, recursos e habilidades, visando o aumento da capilaridade das ações, troca de experiências, articulação para atuação conjunta, acesso e troca de aprendizados. Formando uma relação harmoniosa e de benefício mútuo.
Conheça as 68 Escolas Livres:
Associação Indígena Berê Xikrin da Ti Bacajá
Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Diversidade Amazônica (Acemda)
Associação de Teatro e Educação Wankabuki (Atew)
Cia Cata-vento’s de Cultura
Federação Amapaense de Teatro Amador
Federação Tocantinense de Artes Cênicas (Fetac)
Instituto Nova Era de Desenvolvimento
Associação Comunitária Sociocultural de Major Sales
Associação Cultural Acordes do Campestre (Acamp)
Associação de Proteção e Assistência a Maternidade e Infância de Lagoa Redonda
Associação do Instituto Olho D’água
Associação Filarmônica Carlos Gomes
Associação Grupo Folclórico Ganga Zumba
Associação Humana Povo Para Povo Brasil
Associação Obras Sociais Irma Dulce
Cultura, Arte, Educação – Casa De Barro
Fundação Quincas Neto
Grande Circo Arraial – Escola Pernambucana de Circo
Grupo de Apoio a Pessoas em Situação de Vulnerabilidade Social (Gapes)
Instituto Cearense de Educação, Cultura e Humanidades (Echos)
Instituto Tapuia de Cidadania, Cultura Meio Ambiente e Turismo
Sociedade Filarmônica Minerva
Sociedade Filarmônica União dos Ferroviários Bonfinenses
Associação dos Amigos da Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis aqui traveis
Associação Comunitária de Mulheres Rurais Casa da Cultura Góes Artigas
Associação dos Profissionais de Arte de Londrina
Associação Orquestra Sinfônica de Carazinho (Aosinca)
Centro de Integração de Redes Sociais e Culturas Locais (Cirandar)
Centro de Tradições Gaúchas Rodeio do Campo Novo
Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Jardim das Palmeiras
Instituto 3 Vermelho (I3v)
Instituto Cultural e Esportivo Maktub
Instituto Pró-cidadania
Sociedade Cultura Artística (Scar)
Associação de Eventos Culturais (Assec)
Associação Sementes do Vale
Espaço Cidadania e Oportunidades Sociais (Ecos)
Espaço de Cultura e Arte (Eca)
Instituto Cultural Abrapalavra
Instituto de Imagem e Cidadania Rio De Janeiro
Instituto Harmonya Do Brasil
Instituto Incluir – Transformar, Democratizar e Humanizar
Instituto Nova Era de Desenvolvimento Socioambiental
Observatório De Favelas
Organização Social Vokuim
Associação Cultural Casulo
Associação Instituto Saberes
Associação De Ensino Profissionalizante, Qualificação Profissional e Fomento Cultural Do Vale Do São Patrício (Asteq)
Centro Brasiliense De Defesa Dos Direitos Humanos
Centro De Arte, Educação, Cultura, Social E Meio Ambiente
Comunidade Educacional De Pirenópolis – Coepi
Companhia Voar Arte Pra Infancia E Juventude
Instituto Cultural Casarão Das Artes
Instituto Cultural E Social No Setor
Instituto Educação, Cultura E Vida (Casa De Cultura Da Juventude)
Instituto Janelas Da Arte, Cidadania E Sustentabilidade