O delegado titular da Decon (Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor), Rogério da Silva Ferreira, afirmou que os eletrônicos falsificados que estariam sendo comercializados pelo grupo alvo da Operação Falsus Deviatis são um risco para a população, podendo provocar descargas elétricas e até explosões.
Ele pode ocasionar uma descarga elétrica, incêndio, explosão, isso coloca em risco a sua vida, a sua integridade física, seu patrimônio
Segundo a Polícia, foram identificados 17 diferentes CNPJs ligados ao grupo suspeito de um esquema de contrabando de eletrônicos em Cuiabá e Várzea Grande. Duas dessas empresas alvos foram a F-Cell e a Brasiphone.
“Esses produtos falsificados são de baixa qualidade e, quando você compra um carregador de celular falsificado, por exemplo, ele pode ocasionar uma descarga elétrica, incêndio, explosão… Isso coloca em risco a sua vida, a sua integridade física, seu patrimônio”, explicou.
Segundo o delegado, aproximadamente 200 policiais e agentes participaram da operação, deflagrada na manhã desta terça-feira (29). “Isso tudo é importante e é por isso que a Polícia Federal, a Polícia Civil e a Receita Federal se uniram para deflagrar essa operação em conjunto”.
As próprias marcas que tiveram seus produtos falsificados denunciaram o caso às autoridades.
“Tivemos denúncias, principalmente, dos representantes das marcas prejudicadas. Escritórios de advocacia que representam essas marcas no Brasil entraram em contato com a Polícia Federal, com a Polícia Civil, com a Receita Federal, e isso motivou o início das investigações”, afirmou.
As pessoas que foram vítimas do grupo e compraram produtos falsificados podem recorrer ao Procon Estadual e Municipal, além do Poder Judiciário.
“Essa investigação é muito importante para o consumidor, porque, à medida que você tira produtos falsificados, pirateados do mercado, você está gerando emprego, está gerando a arrecadação de tributos. Isso retorna em saúde, educação e segurança para a sociedade”.
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