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PMs são indiciados por suposto tiroteio forjado para plantar arma

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A Polícia Civil indiciou nesta quarta-feira (30) quatro policiais militares da Rotam por um suposto confronto ocorrido no dia 12 julho, que teria sido forjado para plantar com terceiros a arma utilizada no homicídio do advogado Renato Nery, ocorrido uma semana antes.
 
Conforme apurado pela reportagem, os policiais Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins foram indiciados por homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo.
 
Os quatro PMs, que atualmente estão presos preventivamente, foram detidos no dia 6 de abril, na Operação Office Crime – A Outra Face, deflagrada pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) para investigar o assassinato de Nery.
  
Ainda de acordo com informações obtidas junto a uma fonte da Polícia Civil, será aberto um inquérito policial complementar para apurar a suposta participação dos PMs Heron Teixeira Pena e Ícaro Nathan Santos Ferreira, que é da Inteligência da Rotam, além de outros suspeitos.

 
Heron, que é ex-integrante da Rotam, foi detido no dia 7 de abril, quando se entregou na DHPP. Já Ícaro foi preso no dia 17 de abril, na Operação Office Crime – O Elo. Ambas as prisão são em decorrência da investigação do assassinato do advogado.
 
O inquérito, agora, segue para análise do MPE (Ministério Público Estadual), que poderá denunciá-los à Justiça.
 
A investigação do assassinato de Nery continua sendo realizada pela DHPP.
  
O confronto
 
O suposto confronto, conforme o boletim de ocorrência, ocorreu na madrugada de 12 de julho, na Avenida Contorno Leste, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, quando os quatro PMs atenderam a uma denúncia do roubo de um Volkswagen Gol.
  
O roubo teria acontecido cerca de quatro horas antes dos três suspeitos serem localizados pelos PMs, quando estavam a caminho de um desmanche de carros. Na ação, os policiais afirmam que houve reação e disparos por parte dos suspeitos.
 
Assim, os tiros foram revidados e resultaram na morte de um dos ladrões e deixou o segundo baleado. Já o terceiro envolvido fugiu. Conforme o B.O., onde consta o relato dos policiais, o trio estava com duas pistolas, uma Glock G17 e uma Jericho.
 
Entretanto, a reportagem apurou que a perícia feita no local não encontrou nenhuma cápsula deflagrada das pistolas. A suspeita da Polícia é que os PMs tenham plantado não somente a Glock utilizada na morte de Nery, mas também a Jericho.
 
Na denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), consta que o criminoso que foi baleado e sobreviveu afirmou que eles cometeram o roubo do carro utilizando somente uma arma falsa que compraram online.
 
Ainda conforme apurado pelo MidiaNews, a vítima do roubo afirmou em depoimento à Polícia Civil que os criminosos portavam somente uma arma. De acordo com o MPE, ambas as pistolas que supostamente estavam em posse do trio não foram encontradas no local do confronto.
 
Tanto a Glock quando a Jericho foram entregues pelo sargento Jorge Rodrigo Martins ao, na época, delegado titular da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), Rodrigo Azem.
 
O homicídio 
 
Ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery foi atingido por disparos na cabeça no dia 5 de julho de 2024, quando chegava em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.
 
Socorrido com vida, ele foi levado às pressas para o Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgias, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.
 
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