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Ativista diz que vereador quer “mídia” e difamar população LGBT

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O representante do grupo LGBT Livre Mente, Clóvis Arantes, avaliou que a proposta do vereador Rafael Ranalli (PL), que pretende proibir o uso de símbolos religiosos em eventos organizados pela comunidade, é uma tentativa de “ganhar mídia” e estigmatizar a comunidade gay em Mato Grosso.
 

Esses projetos que ele tem apresentados são projetos que tem mais objetivo de ganhar palco, de ganhar mídia do que ação concreta

Na última sexta-feira (9), Ranalli apresentou na Câmara Municipal de Cuiabá um projeto de lei que proíbe a exibição de símbolos cristãos durante eventos voltados à celebração da diversidade sexual e de gênero.
 
Para Arantes, esta é uma tentativa de ganhar palco através de uma proposta que busca difamar a comunidade LGBT.
 
“Esses projetos que ele tem apresentado têm mais objetivo de ganhar palco, de ganhar mídia do que ação concreta. Porque o Estado é laico, as pessoas têm direito a professar ou não suas crenças religiosas”, afirmou.

 
“Esse é mais um projeto que visa estigmatizar a população LGBT. Nas nossas paradas, não temos intenção de ofender nenhuma religião. Inclusive, a maioria de nós que participa dos eventos é cristã”, disse Arantes.
 
Na justificativa da proposta, o parlamentar afirma que os símbolos cristãos possuem significados culturais e espirituais importantes para a comunidade tradicional e religiosa da Capital.
 
A proposta segue em tramitação na Câmara Municipal e, caso seja aprovada, prevê advertência, multa de até R$ 50 mil por símbolo religioso exposto ou a suspensão do evento em até três dias, caso seja descumprido.
 
Para Clóvis Arantes, a proposta tenta intimidar organizadores e desestimular a participação popular em eventos.
 
“É só isso: intimidar. Fazer com que as pessoas não participem por medo dessas ameaças. Mas, felizmente, a população de Cuiabá conhece a Parada, elas conhecem a Parada, acompanham a seriedade da Parada”, destacou.
 
Outros projetos polêmicos
 
Clóvis lembra que essa não é a primeira proposta de Ranalli com teor considerado discriminatório. No início do ano, o vereador apresentou um projeto para proibir a participação de crianças na Parada LGBTQIA+ de Cuiabá.
 
“Todos os projetos dele têm contradições enormes. Em outro projeto ele visava proibir as famílias de levar seus filhos à parada. A família é livre para definir o que faz com seus filhos”, afirmou o ativista.
 
“Ele precisa entender que não é mais uma pessoa comum; ele é um vereador, tem responsabilidades. E a principal delas é apresentar projetos que melhorem a vida da população como um todo”.
 
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