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Brasil defende cultura como motor de desenvolvimento em evento internacional — Ministério da Cultura



A secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC), Cláudia Leitão, participou de dois painéis no Mondiacult, a Conferência Mundial sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável nesta segunda-feira (29). O evento, promovido pela Unesco e pelo Governo da Espanha, em Barcelona, tem como foco o papel da cultura no desenvolvimento econômico.
No debate promovido pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), a secretária integrou a mesa A contribuição da cultura para o desenvolvimento econômico e social da América Latina e do Caribe. Um dos principais pontos abordados por ela foi a necessidade de medir a contribuição da economia criativa para o crescimento econômico e social.
A discussão tratou da importância de dados para a definição de políticas públicas mais eficazes e, sobretudo, para atrair investimentos para o setor. Cláudia Leitão ressaltou a relevância de transformar dados em ações concretas, criando indicadores específicos para o desenvolvimento dos territórios. “Essa mesa é muito importante porque traz para a cultura essa dimensão do desenvolvimento local e regional, fundamental para as políticas do Ministério da Cultura, especialmente para a construção da Política Nacional da Economia Criativa, que é liderada pelo MinC”, afirmou.
Cultura como elo de cooperação e soberania
Na segunda participação da secretária no Mondiacult, durante a mesa Cultura e desenvolvimento sustentável: contribuições da Ibero-América para a Agenda Global, organizada pela Organização de Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), ela defendeu a cooperação entre países e regiões. Ela destacou que a cultura deve ser um instrumento de união, e não de disputa, entre os territórios.
“Foi um momento de diálogo sobre como cidades, territórios e regiões não devem competir, mas colaborar, reconhecendo a cultura como ativo central de coesão comunitária e de resolução de problemas coletivos. Estar presente no Mondiacult, foi muito importante, especialmente na mesa que envolveu as contribuições da Ibero-América para a construção de uma agenda global em favor da cultura e do desenvolvimento sustentável”, salientou.
Também esteve em pauta a soberania cultural brasileira, reforçando a importância de reconhecer, valorizar, produzir e exportar os bens culturais nacionais, como do cinema ao artesanato, da música à literatura, sem depender exclusivamente de produtos externos. Ao abordar a soberania cultural brasileira, a representante do MinC enfatizou a necessidade de valorizar a produção nacional em todas as suas manifestações artísticas. E concluiu que o Brasil Criativo (Política Nacional de Economia criativa, liderada pelo MinC) é aquele que “reconhece e valoriza o seu cinema, o seu artesanato, a sua música, a sua literatura, e que entende a criatividade como parte essencial da nossa soberania”.



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