O secretário municipal de Economia de Cuiabá, Marcelo Bussiki, descartou a possibilidade de extinção de alguma das secretarias da gestão Abilio Brunini (PL).

O comitê que foi montado está fazendo avaliações para readequação de orçamentos e a comissão de contratos vai continuar
A preocupação veio após Abilio afirmar que a dívida herdada com o transporte público da gestão Emanuel Pinheiro (MDB), somada à dos precatórios, impõe um rombo de R$ 235 milhões ao orçamento de 2025.
Na ocasião, o prefeito admitiu que o impacto recairá sobre o orçamento das secretarias e não descartou que elas passem por cortes. Segundo Bussiki, um comitê foi organizado na gestão para reorganizar orçamento e evitar a extinção de alguma Pasta.
“Em relação à extinção de secretarias, não [haverá]. O comitê que foi montado está fazendo avaliações para readequação de orçamentos, e a comissão de contratos vai continuar para reorganizar o orçamento da Prefeitura”, afirmou Bussiki nesta semana.
De acordo com o secretário Municipal de Assuntos Estratégicos, Murilo Bianchini, que comanda a Comissão de Renegociação de Contratos, o grupo revisou todos os 881 contratos firmados na antiga gestão da Capital e economizou certa de R$ 217 milhões com cortes entre janeiro e início de julho.
Questionado se os cortes também afetarão investimentos nas obras da Capital, o secretário afirmou que a prioridade, depois de manter os serviços essenciais em funcionamento, é conseguir uma “sobra” para investimento.
“Toda a organização do orçamento da Prefeitura está sendo feita para manter a continuidade dos serviços públicos, para que a população não seja prejudicada, e ter algum tipo de sobra para investimento”.
“Tanto é que o esforço do prefeito nos seis primeiros meses pôde demonstrar R$ 65 milhões de investimentos nas áreas sociais. E é esse esforço que a administração está fazendo como um todo para que a população não seja penalizada”, disse.
Bussiki ainda destacou a importância de conseguir recuperar a Capag (Capacidade de Pagamento) da Capital, que é uma nota fiscal emitida pelo Tesouro Nacional. Quanto melhor a nota, mais facilidade o ente tem para obter empréstimos.
“É todo um trabalho sendo feito agora com o comitê para a recuperação da Capag, para que a gente possa conseguir novos investimentos. Primeiro, conseguir a Capag B, para que a União possa dar aval aos nossos financiamentos e a gente consiga um com juros reduzidos”. Atualmente a nota da Prefeitura é C.
“Isso funciona igual com a vida de cada um: se o nosso nome está no SPC ou Serasa, o juro é um; se não está, é outro. A administração pública é do mesmo jeito”, encerrou.