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Com participação de representantes de todos os estados do país, 1º Encontro Nacional de Gestores da Rede Territórios da Cultura termina em Brasília



Após três dias de trocas de experiências e de debates em torno dos desafios da administração compartilhada e comunitária de equipamentos culturais, terminou nesta quarta-feira (5), em Brasília, o 1º Encontro Nacional de Gestores da Rede Territórios da Cultura. A atividade promovida pelo Ministério da Cultura (MinC) celebra os 15 anos dos CEUs das Artes e reuniu gestores municipais de cultura e representantes de todos os estados brasileiros.
“Tivemos a participação de gestores de todo o Brasil, dos MoVCEUs, dos CEUs das Artes. Foram encontros em que dialogamos sobre questões que a gente vem levantando ao longo do ano. Falamos sobre financiamento, sustentabilidade e ações inovadoras. Mas o mais importante foram as trocas de experiências. Fizemos grupos para discutir soluções e desafios. E essas trocas fortaleceram os vínculos e também a nossa rede”, avaliou a subsecretária de Espaços e Equipamentos Culturais do MinC, Cecília Sá.
A coordenadora-geral de Articulação e Parcerias da Subsecretaria de Espaços e Equipamentos Culturais (Seec), Maria Carolina Prado, destaca os subsídios que o evento forneceu. “Foi um encontro muito rico, com relatos inspiradores e a presença de profissionais que nos trouxeram muitas ferramentas de gestão”, avaliou a coordenadora-geral de Articulação e Parcerias da Subsecretaria de Espaços e Equipamentos Culturais (Seec), Maria Carolina Prado.Inovação
O painel de abertura do último dia do evento foi Cultura, Gestão e Inovação: Conectando Ideias para a Transformação, que teve mediação da coordenadora-geral de Articulação e Parcerias da Seec.
Na mesa foram apresentadas experiências que valorizam as expressões culturais periféricas como eixos de inovação para estimular ações que fortaleçam o protagonismo artístico e comunitário como ferramenta de transformação social.
O secretário de Cultura e das Utopias de Maricá (RJ), Sady Bianchin, contou sobre os projetos e ações desenvolvidas no município. “Na cidade é possível a acessibilidade tanto no campo da inclusão, como na questão de descentralizar o centro periférico, porque temos tarifa zero no transporte público. Na área da inovação criamos uma companhia de cultura e turismo para o desenvolvimento desta área. Nós temos os royalties do petróleo, e eles são finitos. Então, estamos preparando o município para a cultura ligada ao turismo, porque ela é infinita”, observou.
Também um projeto inovador, a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, em Nova Olinda, na Chapada do Araripe, no Ceará, foi detalhado pela representante do equipamento cultural, Anna Beatriz de Souza Diniz.
“É uma instituição não-governamental sem fins lucrativos que visa proporcionar para os jovens da cidade, crianças, o acesso à cultura e fazer que eles se sintam pertencidos à própria região. A gente faz isso por meio de cinco eixos: educação infantil, profissionalização de jovens, empreendedorismo social, geração de renda familiar e sustentabilidade institucional”, explicou.
Para a coordenadora-geral de Inovação e Governança Estratégica do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Luana Faria, o termo inovação ainda gera diversas interpretações.
“Muitas vezes a gente ainda associa essa palavra tão etérea, tão bonita, romantizada, que é a inovação, à tecnologia. Qualquer inovação tem que ser focada, a centralidade tem que ser no usuário. Muita inovação acontece no território. Ela é algo que transforma a realidade das pessoas, dos usuários. E precisa ser acessível para todos. A inovação, além disso, é no coletivo”, frisou.
A consultora jurídica junto ao Ministério da Cultura, Kizzy Collares Antunes, fez uma exposição aos gestores sobre o Marco Regulatório do Fomento à Cultura, lei que visa organizar as regras das políticas de fomento de forma técnica, jurídica e democrática, removendo obstáculos e reduzindo as desigualdades de acesso às políticas culturais.
“Eu acho importante que tanto nós, que estamos na administração pública, quanto os agentes culturais, se apropriem desse instrumento e de tantos outros que garantem transparência e controle de parcerias”, enfatizou.
Parcerias
O compartilhamento de desafios, estratégias e soluções para a consolidação de espaços culturais foi o tema do painel Gestão Sustentável: Parcerias e Fontes de Financiamento para a Longevidade dos Espaços e Equipamentos Culturais. A condução ficou a cargo da subsecretária de Espaços e Equipamentos Culturais do MinC, Cecília Sá.
Participaram da palestra o diretor de Fomento Indireto da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), Odecir Prata; além de representantes do Museu da Cultura Hip-Hop, em Porto Alegre, Rafa Rafuagi; e do Museu de Arte Simões Filho, na Bahia, Augusto Leal. Guia e curso
Além dos painéis, durante o encontro foi distribuído o guia Territórios da Cultura – Cuidar, Conectar, Transformar: Guia de Gestão e Articulação Territorial de Equipamentos Culturais. A publicação, direcionada a gestores municipais de cultura, traz orientações e exemplos para fortalecer a administração pública e comunitária de espaços culturais.
Também houve o lançamento do curso Mobiiza CEUs da Cultura, da Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultural (Escult), plataforma online do MinC que oferece ações formativas e de qualificação para o mundo do trabalho em cultura.
A dinâmica Territórios do Futuro encerrou a programação do encontro. O objetivo foi projetar visões de futuro para os CEUs, reforçando o pertencimento e a articulação, gerando referências para o planejamento da Rede Territórios da Cultura.



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