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Consulta pública sobre o novo PNLL recebe mais de 1500 contribuições — Ministério da Cultura



Teve fim, no último dia 8 de agosto, a consulta pública sobre o Novo Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) 2025-2035. A iniciativa, que recebeu 1596 contribuições, garantiu participação social e deu a possibilidade de uma escuta da população sobre as ações do livro, leitura, literatura, escrita e bibliotecas no Brasil para os próximos 10 anos. 

A ação, realizada pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli), e do Ministério da Educação (MEC), com a Secretaria de Educação Básica (SEB), foi aberta no dia 7 de julho no Participa + Brasil.  

“Ficamos muito felizes com o grande volume de contribuições para o PNLL 2025-2035. Mostra o interesse da população brasileira pelo livro, a leitura, a literatura e as bibliotecas. O Plano precisa ser feito e conduzido de maneira participativa, numa articulação entre governo e sociedade, para se desenvolver de maneira abrangente e profunda. Viva o PNLL”, afirma o diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas da Sefli, Jéferson Assumção.  

Para a Diretora de Apoio à Gestão Educacional do MEC, Anita Martinez, receber mais de 1.500 contribuições na consulta pública do PNLL demonstra o quanto esse tema é caro para a sociedade brasileira.  

“Do ponto de vista da educação, para o MEC, a leitura e o livro tem papel central, tanto no que tange a formação de leitores, como também na formação de profissionais, principalmente os professores, como mediadores e incentivadores desse hábito nas nossas crianças, jovens e adolescentes. Para o Ministério da Educação, a leitura é central, é base para o desenvolvimento de todas as competências educacionais e contribui para o desenvolvimento integral dos estudantes”, finaliza.  

A consulta pública ao PNLL foi feita a partir da disponibilização do texto base, na íntegra, para a população que pode participar enviando sugestões e colaborações aos seus 145 parágrafos. Foram recebidas contribuições em todos os parágrafos que foram dispostos no texto base da seguinte maneira: Apresentação; Processo participativo; Justificativa; Princípios; Transversalidades; Diretrizes; Pressupostos; Eixos; Objetivos Estratégicos e Metas; Estratégias e Governança.   

Dos 203 participantes, 109 são do setor público, 74 pessoas físicas, 05 do terceiro setor e 15 da iniciativa privada. Foi observada a participação direta de 96% dos estados brasileiros à consulta realizada. 

Após a análise de todas as participações, será elaborada a proposta final. Com base nas sugestões será criada a versão final do novo Plano Nacional de Livro e Leitura 2025-2035. O documento será direcionado para a Casa Civil para análise, resultando, enfim, no novo PNLL.  

O Plano  Nacional  do Livro e Leitura (PNLL) é um conjunto amplo de  políticas  e ações de valorização  do  livro e da leitura realizadas pelo   Estado  e  pela sociedade. Trata-se de um pacto social pela valorização do livro, da leitura, da literatura, da escrita e das bibliotecas.  De  caráter interministerial,  o PNLL é  elaborado, executado e monitorado  pelo MinC  e  MEC, uma vez que  agrega as demandas culturais  e  educacionais da leitura, abrangendo  ações dentro  e  fora da  escola. 

Uma novidade desse processo é a incorporação de  uma política para a  escrita, que  não  estava presente  no  plano  anterior. O desafio é construir políticas culturais e  ações voltadas à qualificação  e  diversificação da criação literária, como também tornar a formação  do  leitor mais completa pela democratização da formação em escrita criativa, entendida como um direito.   

Para isso, o PNLL se  divide  em  quatro  eixos:  democratização  do  acesso; fomento à leitura  e  à formação de  mediadores; valorização institucional da leitura  e  incremento de  seu valor simbólico;  e  fomento à cadeia criativa  e  produtiva  do  livro.  

A Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE) foi criada pela Lei 13.696/18 e busca garantir o acesso democrático ao livro, à leitura, à escrita e às bibliotecas públicas. Sua implementação ocorre por meio da atuação conjunta dos ministérios da Cultura e da Educação, em parceria com estados, municípios e a sociedade civil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no dia 5 de setembro, o decreto que regulamenta a Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE), durante a abertura da 27ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.



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