O advogado Marciano Xavier afirmou que a farmacêutica Aline Valandro Kounz, fugiu por “desespero” e não teria envolvimento algum com a morte da personal trainer Rozeli da Costa Souza Nunes, morta a tiros no último dia 11 em Várzea Grande.
A esposa dele, posso assegurar, não tem absolutamente nada a ver com esse fato
Xavier é advogado do soldado da PM Raylton Duarte Mourão, que confessou em depoimento, prestado nesta segunda-feira (22) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ser o garupa que atirou e matou a vítima.
Apesar de não atuar na defesa de Aline, ele defendeu a inocência da esposa de Raylton.
“Posso dizer que ele confessou o crime, está extremamente arrependido. A esposa dele, posso assegurar, não tem absolutamente nada a ver com esse fato”, disse em conversa com a imprensa.
“Imagina, sob pressão, uma pessoa que nunca passou por isso e o esposo envolvido numa situação dessa, uma mãe de duas crianças. Ela simplesmente saiu por desespero, não porque tem culpa em alguma coisa”, acrescentou.
Raylton deixou a delegacia com o rosto coberto por uma jaqueta e entrou na viatura chorando. Segundo seu advogado, ele “chorou muito” também durante o depoimento.
Raylton teria dado detalhes à Polícia sobre a dinâmica e motivação, mas Xavier se negou a confirmar esses detalhes à imprensa.
O caso
Rozeli foi assassinada a tiros dentro do próprio carro no último dia 11, assim que saiu de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. Câmeras de segurança registraram dois homens em uma motocicleta atirando contra a vítima.
Investigações da DHPP indicaram Raylton como suspeito após imagens mostrarem o soldado saindo de casa com a motocicleta e retornando horas depois a pé. A Polícia Civil realizou busca e apreensão na residência do casal, mas ambos não foram localizados, passando a ser considerados foragidos.
Segundo a investigação, o crime teria relação com uma ação judicial movida por Rozeli contra o casal, cobrando R$ 24,6 mil por danos morais e materiais decorrentes de um acidente de trânsito.
O caso remonta a março, quando um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade do casal, danificou o carro da vítima. Conforme consta nos autos, Rozeli tentou resolver a situação amigavelmente, mas não obteve resposta.
Ela entrou com processo de indenização pedindo ressarcimento de cerca de R$ 9,6 mil pelo conserto do veículo, além de R$ 15 mil por danos morais. A vítima, porém, foi assassinada antes que a ação fosse analisada pela Justiça.
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