Início GERAL Delegado: facção mantinha “operário” na miséria e chefes no luxo

Delegado: facção mantinha “operário” na miséria e chefes no luxo



O delegado Gustavo Colognesi Belão, titular da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), responsável pela Operação Ludus Sordidus, afirmou que somente os líderes da facção envolvida com jogos de azar e estelionato, em Cuiabá e Várzea Grande, desfrutavam do luxo do dinheiro gerado pelo crime.
 
Segundo ele, os “operários” da facção trabalhavam e ficavam na “miséria”. Todos foram alvos da Polícia Civil, na quinta-feira (21). Eles são acusados de envolvimento com jogos de azar, estelionato, tráfico de drogas e lavagem de capitais.
  
O homem apontado como líder do esquema é o proprietário do SN Futebol Clube, Sebastião Lauze, mais conhecido como “Dono da quebrada”. Ele foi alvo de mandado de prisão, teve seus bens bloqueados e, segundo o delegado, “já tinha atingido uma capacidade financeira alta”. Foi solto após decisão judicial por questões de saúde e ficará em prisão domiciliar.
 
“Vimos que ele estava em um patamar alto financeiramente. Temos os faccionados operários, que trabalham para o crime organizado e, por meio desse trabalho, quem realmente lucra na facção é quem está no topo da pirâmide. Isso ficou claro nesta operação: carros de luxo apreendidos, casas de alto valor”, afirmou.

 
“Os faccionados operários trabalham para esse líder da organização criminosa, que está no topo da pirâmide e desfruta do patrimônio de luxo, veículos e casas, enquanto os faccionados operários continuam na miséria e na pobreza”, acrescentou.

Angélica Callejas/MidiaNews

Carros de alto padrão apreendidos em operação da Polícia Civil

 
Entre os bens apreendidos estão veículos de alto padrão, como um Corolla Cross, um Volkswagen T-Cross, um Toyota SW4 e um HB20, além de ao menos sete imóveis no Bairro Osmar Cabral e em outros bairros da Capital.
 
A operação
 
Ao todo, a Operação Ludus Sordidus cumpriu 38 ordens judiciais, sendo 10 mandados de prisão preventiva, 8 de busca e apreensão, 8 de sequestro de imóveis e 12 de sequestro e bloqueio de contas e valores, que somam mais de R$ 13,3 milhões.
 
As ordens foram expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juízo das Garantias de Cuiabá, com base em investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (GCCO/Draco).
 
Os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande e na cidade de Nova Odessa (SP).
 
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