Um evento sobre cidades, urbanismo e inovação reunindo mais de 300 profissionais e instituições nacionais e internacionais da arquitetura e da tecnologia, que irão debater práticas para promover a cidadania com bem-estar, sustentabilidade e acessibilidade. Esse é o objetivo da 4ª edição do Fórum Mundial Niemeyer (FMN). O tema deste ano é Reinventando as Cidades: Arquitetura, Tecnologia e a Construção da Felicidade Coletiva. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou da abertura nesta segunda-feira (11), no Palácio Itamaraty, em Brasília (DF), em cerimônia que reuniu embaixadores, entre outras autoridades.
“A cultura ocupa um lugar estratégico e essencial no projeto de Brasil que queremos: um país verdadeiramente justo e democrático. E isso significa também termos cidades democráticas, inclusivas, antirracistas. Espaços urbanos que promovam bem-estar, cidadania plena, pertencimento e acolhimento. Essas cidades, no Brasil de hoje, precisam também enfrentar um grande desafio global: a emergência climática. E aqui mora um papel crucial da arquitetura e do urbanismo: projetar não apenas para a estética, mas para a resiliência, para a vida”, afirmou Margareth Menezes.
Segundo ela, a cultura é influenciada pelo desenho físico das cidades. “A arquitetura é uma arte viva, que se molda aos movimentos da própria humanidade dos seus processos de transformação. Ela envelopa a cultura de uma cidade, dá estrutura, modifica e transforma os espaços públicos, incentiva e promove a criação de novas centralidades e encontros que fortalecem o senso de pertencimento e de diversidade”, observou.
Organizador do Fórum, o presidente do Instituto Niemeyer, o arquiteto Paulo Niemeyer, destacou a relevância do evento e dos temas que serão tratados.
“O 4º Fórum Mundial Niemeyer é um conclave internacional sobre o porvir das cidades e da sociedade, em um gesto que reitera sua vocação por representação e vanguarda. Congrega autoridades, governamentais, diplomatas, acadêmicos e especialistas do mundo mundial para elucidar os caminhos para o futuro das metrópoles”, salientou ele, que é bisneto do arquiteto de Brasília Oscar Niemeyer.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e vice-presidente de honra do Instituto Niemeyer, Gilmar Mendes, enalteceu a contribuição de Oscar Niemeyer.
“Foi um gênio que reinventou o modernismo com um leve toque brasileiro. Sua colaboração com Lucio Costa não foi apenas uma parceria técnica, mas a fusão da poesia arquitetônica com a utopia urbanista. Niemeyer legou ao mundo uma visão humanista que transcende o concreto. Essa busca pela felicidade coletiva é o verdadeiro alicerce do seu legado e o fio condutor que nos reúne neste 4º Fórum”, comentou.
Também estiveram presentes na solenidade o secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Laudemar Neto; e a subsecretária de Espaços e Equipamentos Culturais (SEEC) do MinC, Cecília Sá.
Conferência
O evento contempla a Conferência Internacional FMN, de amanhã (12) até sexta-feira (15) no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. As atividades incluem palestras, plenárias e talks interativos.
Na ocasião será inaugurada a exposição Uma Brasília Esquecida no Líbano, em feita em parceria com embaixadas. Uma das atrações é a apresentação da obra arquitetônica da Feira Internacional Rachid Karameh de Trípoli, projetada por Oscar Niemeyer, incluída na lista de Patrimônio Mundial em perigo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 25 de janeiro de 2023.Também haverá uma programação sociocultural, nos palácios, museus e obras de Oscar Niemeyer a fim de promover o turismo e a responsabilidade social.
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