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em Ceilândia (DF), projeto de moda que valoriza a inclusão oferece oficina gratuita — Ministério da Cultura



Moda, Hip-Hop e inclusão social. Esses elementos compõem o projeto Rap Fashion, idealizado pelo estilista Romildo Nascimento. Contemplada pela Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, a iniciativa chega à Ceilândia com a Oficina de Introdução ao Design de Moda. Gratuita, a atividade é voltada aos moradores da região Sul do Distrito Federal (DF). As inscrições vão até sexta-feira (18) e podem ser feitas pelo Instagram oficial.
O Riap Fashion surgiu a partir de dois momentos na vida de Romildo. “O primeiro foi um artista chamado Rafael Ribeiro, da banda Face Oculta, que me incentivava a fazer um evento de moda relacionado ao gênero musical. Depois, a pesquisa Panorama da Economia Criativa do Distrito Federal, a qual mostrou que Ceilândia, onde moro, tem grande potencial para moda. Foi quando eu pensei: acho que chegou a hora!”, conta ele.
Dar visibilidade a pessoas que não se veem representadas nos desfiles e à moda produzida nas periferias estão entre os objetivos do projeto. “Eu tive essas oportunidades em 2006, quando comecei a fazer parte do Capital Fashion Week, a semana de moda de Brasília. Hoje as pessoas da região administrativa onde moro, Ceilândia, não têm essas possibilidades. Se a gente tem o potencial do rap e da moda, por que não unir isso na passarela?”, questiona.
“O design de moda é um dos setores mais significativos da economia criativa. No Brasil, ele vem atraindo as juventudes brasileiras, estimulando-as a empreender de forma sustentável, sobretudo, a partir de uma moda autoral, reveladora do sentimento de pertença de indivíduos e comunidades às identidades culturais de seus territórios. É o que podemos observar nas periferias das cidades brasileiras nas quais a criação, a produção, a comercialização e o consumo de moda expressam atitudes, resistências e engajamentos”. observa a secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC), Cláudia Leitão. E completa: “é, portanto, a dimensão simbólica dos bens e serviços de moda, presentes nos empreendimentos das juventudes brasileiras, que oportuniza a integração entre arte, cultura e tecnologia, oferecendo ao Brasil alternativas fundamentais para um novo desenvolvimento”, conclui.
Conteúdo
A oficina é composta de oito encontros. Os alunos irão aprender técnicas de modelagem, costura e design. “O curso abrange desde conhecimento sobre tecidos, que tipo de maquinário usar, passando pelo brand, a construção de uma marca, algo muito importante para quem está começando”, frisa Romildo.
Eles irão criar uma coleção de 20 peças, quatro delas adaptados para pessoas com deficiência, mostrada em desfile no dia 14 de setembro. O evento contará com a presença de influenciadores locais, modelos PcD, grafiteiros e rappers, promovendo a inclusão e celebrando a cultura Hip-Hop.
Na sequência, os looks aparecerão em catálogo digital com fotos dos participantes da apresentação. Depois, as imagens irão compor uma exposição.
Inscrições
As aulas serão realizadas entre 22 de julho e 14 de agosto e as inscrições estão abertas até sexta-feira (18). O total é de 20 vagas – 20% delas para PcD. Mais informações podem ser obtidas pelo Instagram do projeto: @rapfashionbr.
Podem participar moradores maiores de 18 anos das seguintes regiões: Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas, Brazlândia, Riacho Fundo I e II e Sol Nascente/Pôr do Sol. A oficina será ministrada no Centro Cultural de Ceilândia. 
O Rap Fashion recebeu R$ 120 mil da Política Nacional Aldir Blanc, por meio do Edital de Chamamento Público Nº 47/2024, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. “Sem esse recurso seria impossível colocar o projeto na rua. São 40 pessoas trabalhando, desde costureiros, modelistas, pessoal de design gráfico, estratégia de marketing, músicos”, explica o estilista.



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