O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu neste sábado (19) a reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, em discurso feito durante um almoço com políticos e empresários do agronegócio na Fazenda Bom Futuro, em Cuiabá.

As duas maiores democracias do Ocidente não podem estar tão distantes
“As duas maiores economias na América e as duas maiores democracias do Ocidente não podem estar tão distantes. Nunca estiveram, e nós vamos superar essa etapa difícil, tenho certeza, porque teria efeitos muito deletérios para o nosso país”, afirmou o governador.
O almoço reuniu empresários do agronegócio, prefeitos e parte dos políticos da direita mato-grossense, como o governador Mauro Mendes (União), o vice-governador Otaviano Pivetta (PL) e o prefeito Abilio Brunini (PL).
Tarcísio desembarcou em Cuiabá para o casamento de Ana Gabriele Becker, filha do ex-senador Cidinho Santos (PP), com o empresário Felipe Pitz, mas, antes, foi recepcionado com o almoço.
Tarcísio usou a ocasião para fazer um apelo à união em meio às tensões comerciais e políticas recentes.
“Estamos aqui para celebrar a união da Ana com o Felipe. E, se estamos aqui para celebrar a união, temos que saber que é a união que vai nos tirar desse tempo difícil. Tem pessoas que insistem em tentar desunir o Brasil”, disse.
“Jogam o pobre contra o rico, o empresário contra o empregador… Não se fortalece o fraco enfraquecendo o forte. Não se fortalece o empregado combatendo o empregador”, completou.
O chamado “tarifaço”, anunciado por Donald Trump, prevê taxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir do dia 1º de agosto.
Em sua fala, Tarcísio ressaltou a importância do diálogo e da cooperação entre os países.
“Todo esforço é necessário e possível. Cada porta que a gente abrir, cada conversa que a gente fizer, vai ser importante para gerar senso de urgência, para a gente tentar transpor as fronteiras, para a gente tentar vencer as barreiras”, afirmou.
Comparando o cenário atual com crises históricas globais, o governador afirmou que o Brasil saberá enfrentar os desafios.
“Se países superaram guerras — veja o que aconteceu com a Europa na Segunda Guerra Mundial —, a gente vai superar também”, disse.
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