Início INTERNACIONAL ‘Excesso de política nas igrejas evangélicas tem gerado desgaste’

‘Excesso de política nas igrejas evangélicas tem gerado desgaste’



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O ex-presidente Jair Bolsonaro, sua esposa Michelle Bolsonaro e o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil Onyx Lorenzoni em culto evangélico em julho de 2019

Crédito, Isac Nóbrega/Presidência da República

Legenda da foto, Jair Bolsonaro (PL), Michelle e o ex-ministro Onyx Lorenzoni em culto durante o mandato do ex-presidente, marcado pela aproximação com evangélicos

  • Author, Thais Carrança
  • Role, Da BBC News Brasil em São Paulo

A perda de força do avanço evangélico no Brasil, revelada pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana, reflete fatores como a insatisfação de jovens de famílias evangélicas, a reação da Igreja Católica e o desencanto de uma parcela dos fiéis com o forte envolvimento político de algumas lideranças religiosas evangélicas nos últimos anos.

Essa é a avaliação da cientista política Ana Carolina Evangelista, diretora-executiva do Instituto de Estudos da Religião (ISER), que falou à BBC News Brasil após a divulgação dos dados pelo IBGE.

“Temos identificado, a partir de indícios em pesquisas qualitativas e observação empírica, que começa a existir uma espécie de desgaste de um tipo de cristianismo entre os próprios evangélicos”, relata Evangelista.

“Há um excesso de política nas igrejas e nos púlpitos evangélicos que faz com que algumas pessoas não se reconheçam mais em suas lideranças religiosas, seja pelo perfil delas ou pelas pautas que elas têm defendido publicamente, e que acabam excluindo seus próprios membros.”



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