A abertura do Festival de Cinema do BRICS — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Emirados Árabes Unidos (EAU), Egito, Etiópia e Irã, além da Indonésia como país convidado — realizada na noite desta quinta-feira (4) no Cinema do Dragão, em Fortaleza (CE), celebrou a diversidade e a potência criativa dos países do Sul Global. O evento marcou o início de quatro dias de exibições, debates e cooperação cultural.
A cerimônia também foi palco de anúncios estruturantes para o audiovisual. Entre eles, a criação da Empresa Cearense do Audiovisual e a assinatura do decreto de criação da Fortaleza Film Commission, que organizará o atendimento às produções e facilitará filmagens na capital.
Também foi lançado pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria do Audiovisual (SAC), o Catálogo de Internacionalização do Cinema Brasileiro 2025, publicação com mais de cem obras audiovisuais que será distribuída em embaixadas para ampliar a presença do cinema brasileiro no cenário global.
Participaram da abertura a ministra da Cultura, Margareth Menezes; a secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC), Joelma Gonzaga; a secretária-executiva da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), Ticiana Studart Albuquerque; o secretário Executivo da Cultura do Ceará, Rafael Felismino; e Raphael Callou, diretor-geral de Cultura da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a força simbólica e emocional do audiovisual: “é um momento muito importante para nós que somos da cultura, para nós do governo, ver a potência do audiovisual, dessa plataforma de levar vida, de levar esperança, de mostrar cultura”.
Em seguida, a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, ressaltou a relevância das políticas públicas na formação de novas gerações de realizadores. “Guto Parente [diretor do filme Morte e Vida Madalena], que está aqui hoje e vai apresentar o filme Morte e Vida Madalena, faz parte de uma geração muito exitosa que é fruto de política pública. Hoje nós temos capacidade instalada de produção, nossos filmes estão ganhando o mundo.”
O diretor-geral da OEI, Raphael Callou, enfatizou o papel estratégico do BRICS na cooperação internacional. “O Festival do BRICS materializa uma forma de potencializar nossa capacidade de cooperação com a perspectiva do Sul, com desafios compartilhados e mecanismos comuns para a superação desses desafios. É assim que, desde a OEI, nós procuramos trabalhar”.
A edição integra a agenda da Presidência brasileira do BRICS, reforçando o protagonismo do Brasil nas políticas culturais multilaterais. Ao promover exibições de filmes internacionais e brasileiros e encontros entre realizadores e autoridades do setor audiovisual, o festival fortalece redes de colaboração e amplia a circulação de filmes do Sul Global.
A equipe do filme que deu início à programação da mostra subiu ao palco para apresentar a obra e receber o troféu de participação no evento.
Programação segue até domingo (7)
Até domingo, o festival exibirá 16 filmes inéditos ou pouco vistos no Brasil, além de rodas de conversa com realizadores e painéis sobre políticas culturais, circulação internacional e cooperação entre países do Sul Global.
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