O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) afirmou que vê a infraestrutura insuficiente e o valor do salário pago aos profissionais de educação como os principais gargalos da área na capital mato-grossense.
Nós precisamos que as escolas tenham mais locais lúdicos, piscinas, quantas escolas municipais tem piscina? Pouquíssimas
Segundo o parlamentar, o valor pago está abaixo do que o município pode pagar. Já na infraestrutura, as unidades precisam ter mais áreas lúdicas e de prática esportiva.
“A infraestrutura é um problema muito grande e o salário dos servidores também está abaixo do que Cuiabá pode pagar. Ano passado o prefeito Emanuel Pinheiro conseguiu executar apenas 20% do orçamento em relação à educação, sendo que o piso constitucional é de 25%, ou seja, existe aí um hiato que pode ser utilizado para remunerar melhor os professores”, disse em entrevista ao MidiaNews.
“Também pode ser utilizado para investir mais em infraestrutura, porque nós precisamos que as escolas tenham mais locais lúdicos, piscinas, quantas escolas municipais tem piscina? Pouquíssimas. Muitas têm quadras degradadas, não tem como se contentar apenas com o ar condicionado em sala de aula, isso é necessidade em Cuiabá”, frisou.
Em março, o secretário de Economia, Marcelo Bussiki, informou que a ex-gestão investiu somente 19% da receita em educação em 2024, não cumprindo a obrigação constitucional de investir 25%.
“Precisamos ter locais para praticar esporte, principalmente piscinas, numa cidade quente como Cuiabá, tanto que agora as escolas municipais e estaduais que tem piscina têm sido utilizadas como um lugar para fazer reuniões da escola da família, para receber os familiares dos alunos no final de semana, e todo mundo está utilizando muito bem esse espaço”.
Falta de espaços
Segundo a Prefeitura, Cuiabá só tem uma escola municipal com piscina. Em março, Abilio anunciou que abriria as escolas municipais aos finais de semana para a comunidade usufruir dos espaços de lazer, como quadras e piscina.
A Educação é considerada uma das “pastas problema” da gestão em Cuiabá. Assim como a Saúde, é uma das que mais sofreram e foram sucateadas na gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Atualmente, a Capital ocupa a 12° posição no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que é o principal indicador de qualidade do país. Em 2023, a nota da cidade foi 5,8.
No início do ano, o início das aulas chegou a ser atrasado em uma semana e com menos de cem dias de governo a secretária Solange Dias foi demitida e Amauri Monge assumiu a Secretaria. O vereador reconheceu a dificuldade herdada por Abilio e elogiou a troca de comando na Pasta.
“Eu identifico que ele está tendo muita dificuldade, mas que fez uma mudança muito importante colocando o Amauri como secretário. Eu acho que é importante a gente reconhecer quando erra e ter capacidade de mudar de trajetória, e foi exatamente isso que o prefeito fez”, encerrou.
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