Início CULTURA Lançado nesta terça, Prêmio Vivaleitura vai injetar R$ 550 mil em ações...

Lançado nesta terça, Prêmio Vivaleitura vai injetar R$ 550 mil em ações de fomento à leitura e escrita — Ministério da Cultura



O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria de Formação Artística e Cultural, Livro e Leitura (Sefli), e o Ministério da Educação (MEC), lançaram na terça-feira (3), o 9º Prêmio Vivaleitura – Edição 2025. O evento, realizado na Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles (BDB), em Brasília, vai destinar R$ 550 mil a 25 práticas inovadoras que fomentam a leitura e escrita no país.  

A ação é uma parceria da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação (OEI) que objetiva mapear a realidade brasileira. Mais de 14 mil experiências foram catalogadas, nas cinco regiões do Brasil, nas edições anteriores.  

As inscrições on-line começam dia 10 de junho e seguem até 11 de julho de 2025. Mais informações, na Plataforma do Mapa da Cultura. 

Cinco categorias essenciais para a promoção da leitura e literatura no país serão contempladas: bibliotecas Públicas, comunitárias e privadas; escolas públicas, privadas e bibliotecas escolares; espaços diversos de práticas continuadas em diversos ambientes, escrita criativa com ações voltadas para a produção escrita; e iniciativas no sistema prisional e socioeducativo.  

A premiação será concedida da seguinte forma: R$ 50 mil para o vencedor e R$ 15 mil para cada finalista (2º ao 5º lugar), somando R$ 550 mil total em prêmios de reconhecimento. 

Para o secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, a iniciativa revela como a leitura tem um outro papel muito importante, que é o político, que passa, segundo ele, pelo exercício pleno da democracia e pelo direito à cultura e à educação, pelo direito à leitura na perspectiva de reinvenção de mundos. “O Vivaleitura visa reconhecer boas práticas de promoção da leitura no Brasil. A escola é um dos eixos, mas também valorizamos as bibliotecas públicas e comunitárias, os espaços diversos, a escrita criativa literária e as ações desenvolvidas no sistema prisional”, explicou.  

Em sua fala, a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, destacou a necessidade de escrevermos juntos e juntas, de imprimir a nossa marca no mundo, de como, para ela, a retomada do prêmio é fundamental para ver isso acontecendo nas bibliotecas públicas, comunitárias, dentro da escola, fora da escola. A secretária frisou ainda que a aprendizagem vai além da sala de aula. “A gente não aprende só na escola. Viver é, por si só, uma experiência de aprendizagem. Mas é quando estamos em conjunto que potencializamos essa força de aprender. O Vivaleitura nos permite justamente isso: exercitar a leitura de forma colaborativa”, ressaltou.  

O diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do MinC, Jéferson Assumção, fez uma fala de retrospectiva do prêmio, ressaltando seu histórico e a importância da retomada.  Lembrou do movimento, na América Latina e Caribe, há décadas atras, que começou a pensar a necessidade de os países fazerem seus planos nacionais de livro e leitura. “E aqui no Brasil, essa mobilização capitaneada pelo Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, teve como fruto o prêmio Vivaleitura que vinha para ajudar a enxergar a realidade da leitura no Brasil, no sentido de quais são as ações que estão acontecendo nos territórios. E, em 2006, então, foi lançada a primeira edição” frisou. 

Foto: Filipe Araújo / MinC

Durante o evento, foram apresentados detalhes do edital, explicando quem pode participar: pessoas físicas maiores de 18 anos; pessoas jurídicas (instituições privadas com e sem fins lucrativos); escolas públicas e privadas e bibliotecas escolares além de grupos e coletivos com atuação comprovada há pelo menos dois anos. 

Entre os critérios gerais de avaliação, ressaltou-se a importância de a experiência ter potencialidade de replicabilidade; sustentabilidade e abrangência; criatividade e inovação, engajamento de redes, promoção da bibliodiversidade; impacto cultural, social e educacional; resultados e evidências e, por fim, relevância e justificativa.  

Em uma segunda fase de seleção, serão analisados critérios complementares, a citar: qualidade metodológica; inovação e adaptação contextual; capacidade de mobilização e transformação e protagonismo dos beneficiários. Além disso, foram citadas as bonificações especiais como pontuações extras para grupos em vulnerabilidade (3 pontos extras); recursos de acessibilidade (3 pontos extras); ações para migrantes e refugiados (1 ponto extra), e origem do projeto pela região: Norte (3 pontos extras); Nordeste (2 pontos extras) e Centro-Oeste (1 ponto extra).  

Foto: Filipe Araújo / MinC

Criado em 2006, o Vivaleitura já premiou diversas iniciativas que transformaram comunidades por meio da leitura. É o caso do projeto “Jegue Livro”, no Maranhão, que levou acervos literários a zonas rurais em cestos de jegue, e da “Borrachalioteca”, biblioteca criada em uma borracharia na periferia de Sabará (MG), que virou ponto de encontro para leitores da região. Esses são exemplos de como a leitura, quando acessível e próxima do cotidiano das pessoas, pode mobilizar territórios e criar redes de troca e aprendizado.     

Serviço:  A transmissão do evento está disponível no canal do MinC no YouTube.



FONTE