“Você chegar, por exemplo, na região Norte e encontrar aquela cultura completamente diferente do que é no Sul, completamente diferente do que é no Centro-oeste, isso não é qualquer país, não é qualquer lugar que a gente tem esse amor de se sentir brasileiro diante dessa diversidade toda”. A afirmação da ministra da Cultura, Margareth Menezes, abriu sua entrevista no programa Conversa com Bial nesta quinta-feira (1).
Em certa altura do bate-papo, Bial afirmou: “fomento é fermento”, reconhecendo a importância da nacionalização das políticas culturais – uma das principais bandeiras da Pasta. Conceito que a ministra fez questão de explicar.
“Essa questão da descentralização dá a entender que a gente está tirando [o fomento] de um lugar e botando em outro. Então, nós estamos com uma visão de nacionalização. Nós queremos ampliar, esticar esse cobertor das oportunidades, do patrocinador, como são as próprias leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, que vão para 98% das cidades brasileiras e 100% dos estados”, detalhou.
Lei Rouanet
Ao perguntar sobre a Lei Rouanet, o jornalista destacou a política de incentivo fiscal como alvo frequente de notícias falsas. “Isso foi muito explotado politicamente e caiu no terreno da desinformação, né?”.
“Existe um decreto, uma instrução normativa, um conselho que faz toda a análise dos projetos. A Lei Rouanet é simplesmente um aval que o produtor, a pessoa que se inscreveu, ele passa por uma analise e se o projeto estiver perfeito, ele vai ter a anuência do Ministério para correr atrás do patrocinador. É o patrocinador, a empresa que escolhe se ele vai patrocinar aquele projeto”, explicou a ministra.
Os 38 anos de carreira como cantora, e também atriz, tiveram espaço na entrevista. Bem como a atuação de Margareth como empresária, gestora cultural e fundadora da Associação Fábrica Cultural – organização social que desenvolve projetos nos eixos de Cultura, Educação e Sustentabilidade.
Uma versão de Bailes da Vida, de Milton Nascimento, encerrou a participação dela no programa.
FONTE
