O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), classificou como retrocesso a aprovação pelos depuatdos federais da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que prevê a votação e autorização da Câmara dos Deputados e do Senado para o Supremo Tribunal Federal (STF) processar criminalmente deputados e senadores.

Acho que é um retrocesso. Se eu estivesse lá [na Câmara Federal], eu votaria contra
A proposta foi aprovada em votações na Câmara Federal na noite de terça-feira (17). Russi defendeu que a lei deve ser aplicada a todos de forma igual, independentemente do cargo e defendeu que quem tenha feito algo “ilícito”, pague independente do cargo.
“A PEC da blindagem eu acho um pouco ruim, acho que é um retrocesso. Se eu estivesse lá [na Câmara Federal], eu votaria contra”, disse à imprensa na quarta-feira (17).
“Eu acho que a gente não pode blindar quem quer que seja, deputados ou grandes empresários. Se fez algo de ilícito, algo errado, tem que pagar pelo que fez, independente do cargo, da posição ou do poder econômico. Eu acho que a lei tem que ser igual para todos, do cidadão mais humilde até aquele que tem poder”, afirmou.
Max preferiu não comentar a possibilidade de algum deputado propor um projeto parecido na Assembleia Legislativa, mas disse que seria obrigado a colocar o projeto em pauta, como faz com todos os que recebe.
A PEC
A Proposta chamada de PEC das Prerrogativas pelos apoiadores, ficou conhecida como PEC da Blindagem por dificultar investigações contra parlamentares no Supremo. Ela foi aprovada em primeira votação por 353 votos a favor e 134 contra e na segunda votação, com 344 votos a favor e 133 contra.
Agora, o texto seguirá para o Senado. Seis, dos oito deputados de Mato Grosso votaram a favor: Coronel Fernanda, José Medeiros, Nelson Barbudo e Rodrigo da Zaeli, além do Coronel Assis e Gisela Simona, ambos do União.
Já os deputados Emanuelzinho e Juarez Costa, do MDB, votaram contra. Se entrar em prática, submete a decisão final do Poder Judiciário à autorização prévia do Legislativo para abrir processo de investigação.
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