Início GERAL Megaoperação cumpre 5 mandados em MT por sonegação de R$ 7,6 bi

Megaoperação cumpre 5 mandados em MT por sonegação de R$ 7,6 bi



O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) informou que cumpriu cinco mandados de buscas e apreensão em Mato Grosso na megaoperação Carbono Oculto, que apura uma organização criminosa que atua no setor de combustíveis. 
 
As ordens foram cumpridas nas cidades de Feliz Natal, Diamantino, Primavera do Leste e Rondonópolis. Os nomes dos alvos não foram divulgados. 
 
Além de Mato Grosso, a operação também cumpriu mandados em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
 
Segundo as investigações, o grupo criminoso teria sonegado mais de R$ 7,6 bilhões em impostos.

 
As irregularidades foram identificadas em várias etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis e sonegação fiscal.
 
A operação é coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
 
Também participam o Ministério Público Federal (MPF) e as polícias Federal, Civil e Militar de São Paulo, além da Receita Federal, da Secretaria da Fazenda de SP, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP).
 
A megaperação 
 
No total, a Carbono Oculto mira mais de 350 alvos, pessoas físicas e jurídicas que são suspeitos de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato.
 
Segundo as investigações, o Primeiro Comando da Capital (PCC) praticamente sequestrou o setor de combustíveis. A avaliação das autoridades é que quem quiser entrar nesse mercado fazendo tudo certo não tem condições de concorrer e sobreviver.
 
Apurou-se que a organização criminosa trabalha com metanol, nafta, gasolina, diesel e etanol. Controla elos da estrutura portuária, a formulação e o refino. Tem frota para transporte e distribuição, postos de abastecimento e, inclusive, loja de conveniência.
 
A força-tarefa informou que nas diferentes redes investigadas foram encontradas irregularidades no fornecimento de combustível em mais de 300 postos. Em bombas viciadas, os consumidores pagavam por um volume inferior ao informado ou por combustível adulterado, fora das especificações.
 
A Receita Federal apurou que 1.000 estabelecimentos vinculados à facção movimentaram R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
 
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