O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o Estado vem passando por um momento delicado com a falta de mão de obra e pediu “paciência” à população que aguarda a conclusão das obras do BRT em Cuiabá.
É um momento delicado. A gente tem ter um pouco de paciência. É um problema bom, mas é um problema. Isso está afetando diretamente todas as obras
A obra do modal foi dividida em lotes após o contrato entre Governo do Estado e Consórcio ser rompido. Foi estabelecido que o grupo deveria terminar os trechos já iniciados em três meses, porém, o prazo terminou e as obras continuam.
“É um momento delicado. A gente tem ter um pouco de paciência. É um problema bom, mas é um problema. Isso está afetando diretamente todas as obras. E não é só no Mato Grosso, não”, disse à imprensa.
“Conversei ontem com vários governadores e todos nos seus estados estão tendo esse problema também. Está começando a faltar mão de obra no país inteiro. Isso é muito ruim, porque existem uma série de fatores que estão levando a isso”, acrescentou.
Antes de romper o contrato com o Consórcio BRT, o próprio governador já tinha feito uma série de críticas ao andamento do trabalho na Capital.
Na época, o Governo do Estado afirmou ter notificado o consórcio 50 vezes sobre questões relacionadas às obras.
Em Cuiabá a obra também sofreu com as tentativas de empecilho impostas pelo ex-prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), que também prejudicaram o início das obras. Isso impossibilitou que o modal fosse entregue em outubro de 2024, que era o prazo inicial.
Apesar das críticas passadas, Mendes disse que agora está satisfeito com o trabalho apresentado pelo Consórcio BRT. Porém, reforçou o problema que o Estado vem enfrentando para entregar suas obras em dia.
“Tenho visto a empresa trabalhar lá, tenho visto hoje em todo o estado de Mato Grosso as empresas com dificuldade de performar por falta de mão de obra. Isso é um gravíssimo problema que nós estamos tendo hoje no estado de Mato Grosso. Falta mão de obra para tudo quanto é lado”, disse.
“A gente está apertando as empresas, ameaçando, mas não adianta… Acabou de acontecer algumas obras, nós rescindimos com a empresa que performava mal por falta de mão de obra e colocamos outra. Uma boa empresa, mas ela falou: ‘Olha, estou com 150 vagas em aberto’. Não consegue em Mato Grosso, estou tentando recrutar na Bahia, estou tentando recrutar no Nordeste. Ficamos lá dois meses e recrutamos 20 pessoas para vir trabalhar”.
Veja vídeo:
Leia mais:
Mendes aponta atrasos e decide romper contrato com consórcio
