O governador Mauro Mendes (União) revelou na manhã desta sexta-feira (18) que teme que o país entre em uma “grande crise de institucional” devido aos novos desdobramentos da ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal).
Eu clamo para que nós tenhamos de todas as autoridades, nesse momento, um pouco de lucidez e sensatez
Na manhã desta sexta-feira (18) a Policia Federal cumpriu mandados na casa de Bolsonaro e no escritório do PL, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Agora o ex-presidente terá que usar tornozeleira eletrônica, entre outras medidas restritivas, como impedimento de usar redes sociais.
O ex-presidente é alvo de uma ação penal que o acusa de tentar dar um golpe de Estado.
“Eu clamo para que nós tenhamos de todas as autoridades, nesse momento, um pouco de lucidez e sensatez. O Brasil não pode ser mergulhado numa grande crise institucional por conta de medida de A de B ou de C”, declarou Mendes, durante a assinatura das ordens de serviço para duplicação e melhorias da BR-163.
“É momento de termos lucidez, pensar no país, pensar naquilo que é melhor para a grande maioria da nação brasileira e não colocar ideologias ou vaidades em primeiro lugar”.
Para Mendes, a postura do ex-presidente tem sido “lúcida” e “coerente” diante das investigações, o que não justificaria qualquer medida mais dura contra ele.
“Não tenho elementos para que eu possa fazer julgamento [da ação], mas a princípio eu acho que as declarações do ex-presidente nos últimos dias foram extremamente sensatas e equilibradas. Eu não vi o ex-presidente em nenhum momento jogando lenha na fogueira, as declarações que ele fez foram absolutamente coerentes, bem lúcidas”, afirmou.
O governador evitou dar mais declarações sobre a operação da Polícia Federal por não conhecer os elementos da decisão que culminou na ação e não respondeu se via exagero ou não na determinação do uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente.
Apesar de elogiar a postura de Bolsonaro, Mendes criticou as falas de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos e tem canal de diálogo com a Casa Branca e o presidente Donald Trump.
“As declarações do Bolsonaro foram declarações lúcidas. Já as do filho dele são declarações altamente reprováveis”, encerrou.
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