O papel das artes e das narrativas culturais como ferramentas de transformação e de promoção de futuros climáticos resilientes. Esse foi o tema do painel realizado nesta quarta-feira (12), na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA). A atividade promovida pelo Ministério da Cultura (MinC) contou com a participação da titular da Pasta, Margareth Menezes; da primeira-dama e socióloga, Janja da Silva, além de ativistas globais e artistas.
Na mesa, intitulada Narrativas e Storytelling para Enfrentar a Emergência Climática, a ministra falou sobre a missão da arte e da cultura em relação à questão.
“Dialogar sobre artivismo é dizer o que a arte e a cultura podem fazer sobre as mudanças climáticas. Elas são uma ponte para a mobilização e a conscientização das pessoas”, afirmou Margareth Menezes na atividade moderada pela comunicadora e ativista ambiental Giovanna Nader.
A ex-ministra da Cultura da Alemanha, Claudia Roth, também destacou a relevância da arte. “Arte e cultura são muito importantes. Elas não são apenas adornos para tempos de prosperidade. Nós precisamos de cultura e da arte porque elas são o som da nossa democracia. Mas são também fundamentais porque mostram como a sociedade entende a si mesmo e o seu futuro. Arte e cultura têm o poder de modelar, de emocionar, de criticar. Ambas alcançam as pessoas da forma que cientistas ou políticos raramente conseguem, porque atingem o coração das pessoas”, comentou.
“Falar de cultura e ação climática é falar sobre vida, identidade, resistência e resiliência das pessoas e das comunidades. E a cultura tem um papel importantíssimo para transformar mentes e corações”, salientou Janja.
Também participaram do painel o líder indígena Davi Kopenawa, a ativista Kumi Naidoo, o ator e ativista Klebber Toledo e o cineasta Juliano Salgado. Programação
A programação do MinC na COP30 busca evidenciar a atribuição da cultura na ação climática global, abrangendo atividades de suas secretarias e entidades vinculadas. Os eventos reúnem lideranças indígenas, especialistas internacionais, gestores públicos, entre outros.
Os assuntos abordados incluem patrimônio cultural, justiça climática, financiamento à adaptação do patrimônio cultural para enfrentar a mudança do clima, assim como a função das narrativas na mobilização social perante a crise climática.
Para acessar a programação completa, ações e conteúdos especiais, o Ministério da Cultura lançou página dedicada à cultura na COP30 – clique aqui.
FONTE
