O megaprodutor do agronegócio, Eraí Maggi afirmou que o Brasil “não pode ficar de quatro” frente ao “tarifaço” do governo Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos sobretaxou dezenas de produtos brasileiros nos últimos.
Ao ser questionado de como está analisando a reação do Governo Lula (PT) frente às tarifas, Eraí defendeu que o País mantenham uma postura firme frente as pressões externas.
“Eu não tenho grandes medos desses problemas. Temos que nos posicionar um pouco. O Brasil é gigante, tem a bomba atômica chamada comida. Nós temos alimento, temos a produção. Exportamos e vendemos mais que ele”, disse.
“Somos muito produtivos. Botamos medo nesses caras todos! Não podemos ficar de quatro para qualquer coisinha não. Temos que ter um pouco mais de orgulho de nós: Brasil”, emendou.
Ele, no entanto, ponderou que a política econômica internacional é complexa, mas que insistiria mais no diálogo com Trump, se fosse Lula.
“Eu gostaria muito de estar com o Estados Unidos na parte de inteligência, as tecnologias todas. É bacana. Eu gosto! Eu teria forçado para conversar mais com o Trump, se fosse o presidente. Mas eu imagino que ele tentou. A gente não conhece direito os troços”, disse.
Desde o último dia 6 de agosto, vigora o decreto da Casa Branca que adiciona uma tarifa de 40% sobre os produtos importados do Brasil, elevando o valor total da sobretaxa ao país em 50%.
Eraí é um dos donos do Grupo Bom Futuro, uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro, e não deve ser afetada pelo tarifaço americano.
“Negociação ridícula”
Erai ainda criticou os argumentos utilizados políticos utilizados pelo presidente américa ao taxar o Brasil.
“Acho ridículo essa negociação do tarifaço com esse problema judicial. Quem resolve aqui é o Judiciário, que é independente. É um pouco de humilhação. Nós não precisamos passar por isso”, disse.
As sobretaxas foram determinadas, após Trump alegar que a relação comercial entre os dois países é “muito injusta” e “não recíproca”.
Além disse, citou que o Judiciário brasileiro faz uma “caça às bruxas” na ação contra ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a trama golpista, e que precisa ser “encerrada imediatamente”.
Veja:
