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PIB dos EUA cai 0,3% no 1آ؛ trimestre do governo Trump, primeira queda desde 2022

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Antes mesmo de o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar um tarifaأ§o sobre todas as importaأ§أµes do paأ­s, no inأ­cio de abril, a economia americana jأ، comeأ§ou 2025 em retraأ§أ£o. O Produto Interno Bruto (PIB, o valor de todos os produtos e serviأ§os produzidos) do paأ­s caiu 0,3% no primeiro trimestre, ante os trأھs meses anteriores, informou nesta quarta-feira o Escritأ³rio de Anأ،lise Econأ´mica (BEA, na sigla em inglأھs). Entrevista: “أ‰ o grande valentأ£o que entra no bar dando tiro”, diz Bacha sobre TrumpRicupero: â€کTrump أ© um homem do passado, tem uma visأ£o anacrأ´nica do comأ©rcio’, diz ex-ministro O resultado considera a taxa anualizada, metodologia diferente da usada pelo IBGE no Brasil. No أ؛ltimo trimestre de 2024, o PIB americano havia avanأ§ado 2,4%, tambأ©m em termos anualizados. O resultado – a primeira queda do PIB desde 2022 – veio bem abaixo do esperado pelos analistas de mercado, derrubando as Bolsas americanas. A pesquisa mais recente da agأھncia Bloomberg sobre as projeأ§أµes econأ´micas apontava para um avanأ§o de 0,5%, na taxa anualizada no primeiro trimestre. O piso das expectativas dos analistas era de 0,2%. De acordo com o BEA, o recuo aconteceu porque houve aumento de importaأ§أµes e menos gastos do governo. As importaأ§أµes pesam negativamente no cأ،lculo do PIB, jأ، que esses produtos nأ£o sأ£o produzidos nos EUA. O resultado sأ³ nأ£o foi pior porque houve alta dos investimentos, das exportaأ§أµes e do consumo das famأ­lias, embora o apetite por compras dos americanos tenha desacelerado — o gasto dos consumidores subiu 1,8%, ritmo mais fraco desde meados de 2023. De acordo com os dados do BEA, as importaأ§أµes dispararam a uma taxa anualizada de 41,3% no primeiro trimestre, o maior aumento em quase cinco anos. O salto nas importaأ§أµes أ© explicado em parte pela corrida das empresas americanas para antecipar as compras do exterior e, assim, fugir das tarifas de Trump. Em fevereiro, poucos dias apأ³s sua posse, o presidente anunciou sobretaxa de 10% para produtos chineses e logo depois mais 10%. Diante das ameaأ§as de novas tarifas, os importadores aumentaram as encomendas. Contأھiner no porto de Los Angeles: importaأ§أµes nos EUA tiveram salto — Foto: Eric Thayer/Bloomberg As chamadas tarifas recأ­procas, que elevaram os tributos sobre a China para 145%, foram implementadas em abril, jأ، no segundo trimestre. Tambأ©m em abril, Trump anunciou uma tarifa mأ­nima universal de importaأ§أ£o de 10%, afetando inclusive o Brasil, mas suspendeu o tributo em seguida por 90 dias. O fato أ© que as intenأ§أµes de Trump de dar uma guinada na polأ­tica de comأ©rcio exterior dos EUA desorganizou o dia a dia das empresas, com efeito sobre a balanأ§a comercial e o PIB do paأ­s. Para evitar tarifأ§o: Brasil deve ter uma margem de atأ© 150 produtos para negociar com os EUA Em marأ§o, o dأ©ficit comercial dos EUA saltou 9,6% ante fevereiro, para US$ 162 bilhأµes, segundo o Departamento de Comأ©rcio americano. O avanأ§o de 5% nas importaأ§أµes, para US$ 342,7 bilhأµes em marأ§o, foi puxado por bens de consumo, indicando antecipaأ§أµes das compras no exterior antes que as taxas mais elevadas passassem a valer nos EUA. Ano passado, a economia dos EUA cresceu 2,8%. Apأ³s o anأ؛ncio do tarifaأ§o de Trump, economistas do mundo todo correram para revisar para baixo suas projeأ§أµes para o crescimento de 2025. A pesquisa de abril da Bloomberg sobre as projeأ§أµes de analistas de mercado apontou para um crescimento esperado de 1,4% este ano, a metade de 2024. Na ediأ§أ£o de janeiro do levantamento, as projeأ§أµes estavam em 2,2%. Na semana passada, o Fundo Monetأ،rio Internacional (FMI) anunciou uma revisأ£o na projeأ§أ£o de crescimento econأ´mico dos EUA para 1,8% este ano, 0,9 ponto a menos do que a estimativa anterior, feita em janeiro, de 2,7%. Por trأ،s das revisأµes para baixo, estأ£o as expectativas de impactos negativos do tarifaأ§o de Trump. Alأ©m do fato de que as tarifas mais altas tendem a acelerar a inflaأ§أ£o, desestimulando o consumo, o vaivأ©m do governo americano — que ora anuncia alta de tarifas, ora adia a entrada em vigor das sobretaxas — eleva a incerteza entre consumidores e empresأ،rios, que tenderأ£o a adiar investimentos e decisأµes de consumo. O mercado de trabalho dأ، sinais de que estأ، perdendo o fأ´lego. Nesta quarta-feira, dados sobre contrataأ§أµes do setor privado nos EUA mostram que houve mais 62 mil admissأµes neste mأھs, ritmo mais lento dos أ؛ltimos nove meses. A pesquisa أ© feita pela ADP, companhia responsأ،vel pela folha de pagamento de mais de 25 milhأµes de trabalhadores. Na vأ©spera, outra pesquisa, a Job Openings and Labor Turnover Survey (Jolts), da agأھncia americana de estatأ­sticas do trabalho, apontou que houve abertura de 7,2 milhأµes de vagas em marأ§o, o nأ­vel mais baixo desde setembro do ano passado, quando foram criados 7,4 milhأµes. Para alأ©m da atividade do primeiro trimestre e dos dados de emprego, uma sأ©rie de indicadores antecedentes sugerem que a economia dos EUA pode estar أ  beira da recessأ£o — 45% dos economistas entrevistados na pesquisa de abril da Bloomberg achavam que poderia haver recessأ£o, ante 30% em marأ§o. Nos أ؛ltimos meses, tأھm sido registradas quedas em أ­ndices de confianأ§a do consumidor, em indicadores sobre encomendas da indأ؛stria e o أچndice Econأ´mico Antecedente (LEI, em inglأھs), calculado pelo instituto de pesquisa americano The Conference Board, recuou 0,7% em marأ§o, o segundo resultado negativo apأ³s a queda de 0,2% de fevereiro. Com agأھncias internacionais



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