Início GERAL Polícia indicia empresário acusado de matar ex-jogador de vôlei

Polícia indicia empresário acusado de matar ex-jogador de vôlei



A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato do ex-jogador de vôlei Everton Pereira Fagundes da Conceição, ocorrido no dia 11 de julho em Cuiabá. O empresário Idirley Alves Pacheco foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por meio cruel e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. 
 
O crime prevê pena que varia de 12 a 30 anos de reclusão.
 
Everton levou seis tiros de arma de fogo, a maioria a curta distância, que atingiram as regiões da cabeça, pescoço e costas. No curso da investigação ficou demonstrado que o ex-atleta, embora tivesse conhecido o suspeito e sua ex-mulher há pouco tempo, passou a manter um contado próximo com eles, passando a ter um relacionamento amoroso com a ex-esposa do investigado, o que seria a motivação do crime.
 
Conforme a Polícia Civil, as investigações apontaram que empresário era uma “pessoa possessiva, ciumenta” e não aceitava o término do relacionamento com a ex-companheira, que já havia registrado boletim de ocorrência e solicitado medidas protetivas semanas antes do crime.

Ainda segundo os policiais, no dia do crime Idirley teria solicitado ajuda ao ex-atleta para guardar um veículo, alegando a intenção de escapar de uma suposta busca e apreensão.
 
No entanto, durante o deslocamento, a vítima foi rendida e sob a mira de uma arma de fogo conduziu o veículo VW/Amarok até se chocar com outro veículo, quando foi atingida por seis disparos.
 
As investigações também demonstraram que o suspeito dispensou a arma usada no crime e sonegou o seu aparelho celular e, além disso, após o crime teria ligado para parentes da ex-esposa para intimidar e proferir ameaças. Após ser preso e interrogado, ele confessou a prática do crime, no entanto, negou que a motivação fosse passional alegando supostas extorsões praticadas pela vítima, o que não foi comprovado nas investigações.
 
Idirley também afirmou que arma usada no crime pertencia à vítima e que teria tomado do ex-atleta enquanto ele conduzia o veículo, com a intenção de se defender, alegando ainda que os disparos ocorreram por causa do acidente de trânsito. Porém, conforme os policiais, ficou demonstrado que o autor possuía arma e costumeiramente andava armado, ao contrário da vítima, que não foi encontrado nenhum elemento que indicasse ser possuidora ou detentora de arma de fogo.O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário onde ficará à disposição do Ministério Público para análise e possível oferecimento de denúncia. Também foi pedida a conversão da prisão temporária em prisão preventiva para que o investigado continue preso durante a fase processual.
 



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