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Prêmio Inspirar 2025 celebra mulheres negras que transformam territórios por meio da arte e cultura — Ministério da Cultura



Mulheres negras têm liderado processos de transformação social em seus territórios por meio da arte, da ancestralidade e da cultura. Para reconhecer, fortalecer e amplificar essas trajetórias, estão abertas, até 13 de agosto, as inscrições para a segunda edição do Prêmio Inspirar, iniciativa que valoriza o protagonismo de mulheres negras (cis ou trans) e de coletivos não formalizados liderados por elas.
As interessadas pode ler o regulamento completo, reunir a documentação necessária e preencher o formulário de inscrição on-line clicando aqui.
Ao todo, serão reconhecidas 16 iniciativas lideradas por mulheres negras, com premiação total de R$ 169 mil. Os valores serão distribuídos da seguinte forma, de acordo com as categorias: Mulheres (Votação Popular): 12 iniciativas, R$ 10 mil cada; Mulheres (Mérito Cultural): 1 iniciativa, R$ 10 mil; Coletivos (Votação Popular): 2 iniciativas, 13 mil cada e Coletivos (Mérito Cultural): 1 iniciativa, R$ 13 mil.
As iniciativas precisam ter atuação comprovada e impacto social realizadas nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e em municípios selecionados do interior de São Paulo. As finalistas também receberão certificados de reconhecimento e passarão a integrar uma rede de intercâmbio e fortalecimento coletivo.
O projeto é uma realização da Baluarte Agência de Projetos Culturais, com autorização do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Lei Rouanet. O valor total aprovado é de R$ 700,9 mil, sendo que até o momento já foram captados R$ 317 mil, com patrocínio da Neoenergia.
Para o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, iniciativas como essa confirmam a importância da Lei Rouanet no apoio ao setor produtivo.
“A cultura é, por essência, transformadora. E projetos como o prêmio Inspirar demonstram a relevância da Lei Rouanet no fomento de iniciativas que dão protagonismo para populações minorizadas. É a gestão federal apoiando ações que possuem um objetivo de transformar a realidade através da cultura”, destacou.
Segundo Bárbara Arraes, gerente da Baluarte, ao reconhecer e apoiar financeiramente lideranças femininas negras que atuam nas áreas de arte e cultura, a iniciativa não apenas valoriza trajetórias transformadoras, mas também amplia o alcance de ações que geram impacto positivo direto em comunidades historicamente vulnerabilizadas e incentiva outras mulheres a darem visibilidade a suas ações.
“Realizar um projeto como esse por meio da Lei Rouanet é uma oportunidade de ampliarmos ainda mais essa visibilidade, além de nos permitir incorporar outras ações ao escopo do projeto, fortalecendo seu caráter pedagógico e de construção de redes”, avalia.
E completa: “iniciativas como essa nos lembram de que a transformação social começa pelo reconhecimento da potência existente nos territórios e nas pessoas que os constroem todos os dias. O Prêmio Inspirar não apenas valoriza trajetórias individuais, mas também fortalece redes, inspira novas lideranças e impulsiona comunidades”.
Mais detalhes
Com o tema Ciclo Infinito Inspirar, a 5ª edição celebra o poder transformador da arte como força propulsora de justiça social, ancestralidade e resistência. O conceito desta edição se desdobra em oito atos interligados: Inspirar, Criar, Resistir, Realizar, Empoderar, Multiplicar, Encantar, Sonhar- representando o fluxo contínuo de ação e renovação promovido pelas mulheres em seus territórios.
Mais do que uma premiação, o Prêmio Inspirar busca fomentar a equidade racial e de gênero no acesso aos recursos da cultura, estimulando políticas públicas e investimentos que reconheçam a centralidade das mulheres negras na construção cultural do país.
Em cinco anos de existência, o projeto já reconheceu e potencializou dezenas de mulheres em estados brasileiros, gerando impacto direto em muitas vidas.
A expectativa da organização é que a edição de 2025 fortaleça ainda mais essas trajetórias e impulsione a sustentabilidade de coletivos e agentes culturais negros.
Alinhada à Agenda 2030 da ONU, a iniciativa fortalece diretamente o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 (ODS 5 – Igualdade de gênero) e contribui com outros seis ODS, incluindo redução de desigualdades e promoção da diversidade cultural.



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