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Sem citar diretamente a Corte, o líder dos Estados Unidos escreveu na rede social Truth Social que “o Brasil está fazendo uma coisa terrível em seu tratamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro”.
“Eu tenho assistido, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo povo”, continuou.
Chamando Bolsonaro de um “líder forte” e que “amava seu país”, Trump disse que a eleição de 2022 foi “acirrada” e que o ex-presidente estaria liderando as pesquisas eleitorais para a disputa de 2026, o que não é verdade.
O ex-presidente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não poderá disputar a próxima eleição. Ainda assim, as principais pesquisas que têm testado o seu nome apontam para um empate técnico com Lula.
“Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político — algo que eu sei muito sobre. Aconteceu comigo, vezes 10”, continua Trump sobre a suposta perseguição enfrentada por Bolsonaro, ressaltando que os EUA, de novo sob seu comando, agora são o país “mais em alta” do mundo.
“O grande povo do Brasil não vai tolerar o que estão fazendo com seu ex-presidente. Estarei assistindo à caça às bruxas de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores muito de perto. O único julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do Brasil — chama-se eleição”, continuou.
“Deixem Bolsonaro em paz!”, termina a postagem de Trump, em letras maiúsculas.
Na ocasião, em março, Eduardo disse que se dedicaria em tempo integral a convencer o governo Trump a atuar pela anistia aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro no Brasil e para obter sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo sobre golpe de Estado no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado.
Crédito, Reprodução
Bolsonaro no banco dos réus
O processo contra Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado está em sua reta final no STF, em que acusação e defesa apresentam suas últimas alegações.
Bolsonaro é o primeiro ex-presidente brasileiro a virar réu sob essa acusação
O ex-presidente, segundo a denúncia da PGR, teria participado da formulação e edição de minutas do golpe. Além disso, segundo a denúncia, estaria totalmente a par do plano “Punhal Verde Amarelo”, para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A Primeira Turma do STF aceitou denúncia contra Bolsonaro e outros sete ex-integrantes do seu governo, sendo três generais do Exército — Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).
Eles fariam parte do que a PGR chamou de “núcleo crucial” de uma trama golpista contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Todos negam as acusações.
Para a acusação, o plano para manter Bolsonaro no poder teria começado com ataques infundados à segurança das urnas eletrônicas em 2021 e evoluído para minutas que abririam caminho para o golpe de Estado, um plano para matar Lula e pressões sobre as Forças Armadas para executar o golpe, culminando no 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram prédios em Brasília.
Bolsonaro e os outros réus responderão a acusações por cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Há expectativa de que o julgamento ocorra no final de agosto ou início de setembro. Bolsonaro pode ser condenado a mais de trinta anos de prisão.