As cúpulas do União Brasil e do Progressistas (PP) em Mato Grosso seu reuniram, na noite dessa segunda-feira (3), para discutir a formação de chapas para deputado federal e estadual para a eleição de 2026. As duas siglas estão em negociação para formar uma federação.

A estrutura que está disponibilizada a um deputado federal, senador, deputado estadual é ‘gigantemente’ grande
Por mais de uma hora, os deputados Julio Campos, Eduardo Botelho, Dilmar Dal’Bosco, o secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia, a deputada federal Gisela Simona, o senador Jayme Campos, todos do União, e outros agentes políticos dialogaram sobre a dificuldade para a formação de chapas. Além deles, esteve presente o deputado Paulo Araújo, do Progressistas.
A futura federação entre União e Progressistas tem encontrado dificuldade para filiar novas lideranças e fazer com que as já existentes tentem disputar um cargo na eleição do ano que vem. É que as siglas contam com nomes fortes – e com votos consolidados – que já pleiteiam um cargo na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
Assim, novas lideranças estariam procurando siglas menores para se filiar com o objetivo de alcançar uma cadeira nos legislativos.
Presidente do União em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes apontou que essa é uma dificuldade enfrentada por diversas siglas, já que o sistema político eleitoral tem favorecido a eleição de quem já tem mandato.
“A estrutura que está disponibilizada a um deputado federal, senador, deputado estadual é ‘gigantemente’ grande. Quem vai entrar tem uma dificuldade muito maior de concorrer, de se colocar. Existe, sim, uma dificuldade de montar a chapa em todos os partidos”, disse Mendes.
“Por isso os partidos estão fazendo essas federações, porque individualmente eles temiam todas as dificuldades. Então, eles vão se aglutinando para conseguir performar de acordo com essa nova regra”, completou.
Mendes, que chefiará a federação quando oficializada, não participou da reunião e chegou a sede da sigla minutos após o encontro.
Ao fim da reunião, os correligionários se comprometeram a levar uma lista com até cinco nomes de possíveis pessoas para concorrer aos cargos. O próximo encontro ocorrerá na segunda-feira (9).
Rodízio na Câmara
A estratégia levantada por alguns, para fortalecer os nomes que já concorreram, é que os deputados federais peçam licença e abram vaga para os suplentes ocuparem uma cadeira na Câmara. Hoje, o União tem na Câmara Gisela Simona, que é suplente e ocupa a cadeira de Fábio Garcia, e o deputado federal Coronel Assis.
A pressão maior recai sobre Assis para que ele abra vaga para o suplente, Antônio Bosaipo, o Bosaipinho.
“Nós estamos cobrando o coronel Assis que ele cumpra esse [acordo]. Todos têm que colaborar porque ninguém, nem na chapa de estadual, nem na chapa de federal, se elegeu sozinho. Então é importante que haja esse espírito de cooperação”, disse o governador.
Os suplentes outros suplente do União são Wagner Ramos e Marchiane.