O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) recusou o convite para assumir o comando da Secretaria Municipal de Educação. A decisão foi informada ao prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), na tarde desta quinta-feira (12).

Se eu fosse para o Executivo, tiraria de mim a possibilidade de fazer apontamentos
O anúncio foi feito após uma reunião na Câmara Municipal. Desta forma, o secretário Amauri Monge Fernandes seguirá no comando da Pasta.
“Entendo que não é o momento de eu ser secretário de Educação. Eu disse para o prefeito que embora estivesse honrado com o convite, não aceitaria agora porque a política não é sobre mim, não é sobre ninguém, não é sobre um CPF. A política é sobre a necessidade do povo, e hoje vejo que Cuiabá está servida com um bom secretário de Educação”, afirmou ao anunciar a recusa.
O convite a Daniel foi feito em abril, com objetivo de criar uma “supersecretaria” com Amauri como adjunto.
Segundo Abilio, a união seria para enfrentar os desafios da Educação municipal, como a precariedade estrutural das escolas e a baixa performance em indicadores educacionais.
Em coletiva à imprensa, Daniel disse que um dos motivos que o levou a recusar o convite foi porque, virando secretário, perderia a autonomia de fiscalizar e fazer apontamento sobre outros setores do Executivo.
“Hoje, aqui no Parlamento, não há hierarquia entre o Legislativo e o Executivo. E isso me confere autonomia para conseguir pontuar, publicamente, algo que eu ache que está em desconformidade com o que Cuiabá precisa”, afirmou.
“Se eu fosse para o Executivo, me dedicaria exclusivamente à Pasta da Educação, que repito, é a mais importante de todas […]. Mas, com certeza, tiraria de mim a possibilidade de fazer alguns apontamentos. E isso é natural, não é amarrar, é questão de respeito hierárquico”, acrescentou.
O vereador ainda disse que pesou em sua decisão o fato de ter sido eleito a pouco tempo. Ele reiterou a importância de se manter fiel ao eleitorado que o colocou como parlamentar da Capital.
“É impossível eu deixar agora esse posto para o qual fui eleito pelo eleitor cuiabano para assumir uma função. São apenas seis meses e já vou abandonar o cargo de vereador? Eu entendo que não”.
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