A transferência de ambulantes das calçadas do Centro para a travessa Desembargador Lobo dominou parte das discussões na Câmara Municipal de Cuiabá na sessão desta terça-feira (10).

Chega de puxadinho em Cuiabá, chega de solução paliativa. Agora foram para a rua Desembargador Lobo
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) criticou a Prefeitura não ter tomado uma medida definitiva sobre o novo local. Para ela, o novo ponto deveria ser definitivo e oferecida uma estrutura mínima aos comerciantes.
“Chega de puxadinho em Cuiabá, chega de solução paliativa. Agora foram para a rua Desembargador Lobo. Aí eles vão levar a clientela pra lá, vão fazer todo um trabalho e na hora que estiver bom, vão tirar de lá? Então a gente precisa resolver a situação”, disse Maysa.
Os vendedores ambulantes foram retirados das calçadas da região central desde a última sexta (6), principalmente da região da Rua 13 de Junho, por determinação da Prefeitura, que não permitiu a ocupação irregular pelos comerciantes.
Com isso, esses vendedores ambulantes que atuavam no Centro foram transferidos para a Travessa Desembargador Lobo, localizada nas proximidades. A via foi fechada ao trânsito pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) para permitir a instalação das barracas.
Entretanto, a permanência desses comerciantes no local é provisória. Será apenas por um período experimental de 30 a 60 dias. “Se eles conseguirem se adaptar, viver em harmonia e respeitar o trabalho um do outro, vamos consolidando esse espaço. Agora, se o ambiente se tornar conflituoso, desconfortável ou inviável para o trabalho, vamos precisar encerrar esse processo”, disse Abilio na última semana.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Dilemário Alencar (União), elogiou a medida e afirmou que o local pode se tornar um calçadão, caso haja uma boa adaptação dos ambulantes e da população.
“Agora é um momento de ambientação para ver se realmente ali vai ser bom para eles, se o Ministério Público não vai criar algum tipo de questionamento. Tendo uma boa ambientação ali, a população aprovar nesse tempo aí de 60 a 90 dias, tem a possibilidade daquele espaço virar um calçadão no futuro”, disse o líder.
“Eu penso que a população aprovou porque por onde eu ando a população fala que foi uma decisão acertada a retirada dos vendedores das calçadas, porque estava ruim pra todo mundo, sobretudo para a população que tem o direito de ir e vir”, completou.
A própria Prefeitura já anunciou que, caso a experiência seja positiva, o Executivo deve encaminhar à Câmara um projeto de lei transformando o local em um calçadão permanente destinado ao comércio informal.