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O Agente Secreto é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026 — Ministério da Cultura



O filme O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2026, na categoria de Melhor Filme Internacional. A decisão foi anunciada pela Comissão de Seleção da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais (ABCAA), responsável por indicar a produção nacional que tentará uma vaga na maior premiação do cinema mundial, nesta segunda-feira (15).
O longa retrata a trajetória de um jovem recrutado pela ditadura militar brasileira como informante e espião, costurando questões históricas e políticas com elementos de suspense. Estrelado por nomes como Wagner Moura, Alice Carvalho, Tânia Maria e Carlos Francisco, o filme contou com apoio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), mecanismo gerido pelo Ministério da Cultura e pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), responsável por impulsionar o setor audiovisual brasileiro com financiamentos públicos.
A obra venceu outros títulos internacionais, incluindo o 78º Festival de Cannes e o Prêmio da Crítica, e se torna agora o principal representante do cinema brasileiro em 2026. Caso seja selecionado pela Academia de Hollywood, o longa pode disputar diretamente o Oscar de Melhor Filme Internacional.
O Agente Secreto no Cine Alvorada
Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu elenco e equipe do longa em uma sessão especial no Cine Alvorada, com presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes. O encontro marcou o reconhecimento do papel da obra não apenas como produto artístico, mas também como parte do debate sobre memória e democracia no Brasil.
Durante a exibição, Lula destacou a importância do cinema nacional na valorização da história e da identidade do país, enquanto a ministra ressaltou o investimento do Ministério da Cultura na produção audiovisual brasileira e a relevância de levar obras nacionais a palcos internacionais.
O diretor da obra, Kleber Mendonça Filho, ressaltou na ocasião o papel do cinema como porta-voz da identidade nacional. “Este filme foi feito no Brasil, com recursos brasileiros e com histórias que falam de nós. Levá-lo para Cannes e receber esse retorno do público e da crítica é uma prova de que o Brasil tem muito a dizer ao mundo através da sua arte. Estar hoje no Palácio da Alvorada, com essa recepção, reforça o quanto o cinema pode ser também um ato político e cultural”, comemorou.
Na última sexta (12), diretor e parte do elenco participara da abertura da 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no Cine Brasília, na capital federal.



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