O advogado Rodrigo da Costa Ribeiro foi preso em um apartamento no condomínio de luxo Brasil Beach, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Efatá, da Polícia Civil, para desarticular um suposto esquema voltado ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Os policiais estavam cumprindo um mandado de busca e apreensão no apartamento quando encontraram uma pistola 9 mm e munições. Ele recebeu voz de prisão por posse ilegal de arma de fogo.
As investigações da operação, na qual o advogado é alvo, identificaram um esquema milionário de lavagem de dinheiro ligado a uma facção criminosa, que movimentou uma quantia superior a R$ 500 milhões. Os valores advinham de empresas de fachada, contas em nome de laranjas e pessoas jurídicas vinculadas ao grupo criminoso.
Ao todo, 148 ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz de Garantias de Cuiabá.
Nesta fase, são cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, 40 medidas cautelares diversas de prisão, 40 bloqueios de contas de pessoas físicas, 19 bloqueios de contas de empresas, totalizando até R$ 41,2 milhões, além do sequestro de imóveis e 15 veículos.
Segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), integrantes da organização, incluindo familiares, movimentavam altos valores em contas pessoais sem comprovação de origem. O dinheiro era fracionado em pequenas quantias e transitava entre contas físicas e jurídicas para ocultar a procedência ilícita.
Um dos investigados chegou a novimentar, sozinho, R$ 295.087.462,24, conforme levantamento técnico.
As ordens são executadas em Cuiabá, Várzea Grande, Água Boa, Sinop, Primavera do Leste e no Mato Grosso do Sul.
O delegado André Rigonato, responsável pelo caso, afirma que o objetivo é descapitalizar a facção e interromper o fluxo financeiro do crime organizado. O material apreendido segue em análise, e novos envolvidos podem ser identificados.
O trabalho contou com o Núcleo de Inteligência e o Laboratório de Lavagem de Capitais da Polícia Civil, que reuniram provas da estrutura financeira da facção. Durante as investigações, que tiveram início em 2022, vários integrantes foram presos em flagrante por tráfico de drogas.
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